Procedimento comum na maioria dos consultórios odontológicos, a extração do dente siso requer atenção redobrada. Recentemente, uma jovem de 23 anos morreu sete dias após a remoção. Ela teve uma infecção, chegou a ficar internada, mas não resistiu. Diante da fatalidade, muita gente ficou em dúvida sobre o que oferece menos risco: manter ou extrair o dente?
A faixa etária mais comum para o procedimento é entre 16 e 20 anos. Em alguns casos, após os 25, lembra o mestre e especialista em Implantodontia e doutor em Clínicas Odontológicas, Idalísio Soares Aranha Neto.
O cirurgião-dentista explica ser comum a remoção de forma preventiva, mas a indicação sempre deve levar em conta fatores como a falta de espaço na arcada dentária, risco de fratura mandibular, tumores odontogênicos, doença periodontal, risco de pericoronarite - uma infecção bacteriana -, dentre outros.
Além disso, Idalísio Neto, que também é professor das Faculdades Promove, em Belo Horizonte, reforça a necessidade de se avaliar o risco do procedimento para o paciente. Em alguns casos há contraindicações, como nas pessoas com pressão alta, diabetes, problemas renais e pacientes em tratamento oncológico.
“Todo tipo de intervenção tem um risco inerente, que costuma ser baixo, mas precisa ser comunicado previamente ao paciente. Essas informações sobre a saúde do paciente o dentista só irá conseguir através do atendimento e da elaboração da ficha clínica dele”, alerta o professor.
Para o ortodontista, a decisão de fazer ou não a extração do siso deverá ser feita pelo profissional após avaliação dos prós e contra. Em alguns casos, o procedimento deve, inclusive, ser feito no bloco cirúrgico de um hospital, para tentar minimizar possíveis emergências médicas.
Capacitação
Idalísio Neto conta que a capacitação profissional é fundamental para o sucesso de qualquer procedimento. Segundo ele, é na faculdade que o estudante será qualificado para fazer os diagnósticos e a elaboração correta da ficha clínica.
"Preparamos o estudante para estar munido do máximo de informações que irão garantir um atendimento seguro. Capacitamos o profissional para que ele esteja pronto para atender emergências de variados níveis, além do acompanhamento pós-cirúrgico correto”.
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