Vinte e oito famílias resistem em deixar local onde muro ameaça desabar; Urbel amplia área de risco

Ana Júlia Goulart
agoulart@hojeemdia.com.br
19/03/2018 às 12:27.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:55
 (Flávio Tavares / Hoje em Dia )

(Flávio Tavares / Hoje em Dia )

Trinta e quatro famílias devem ser retiradas de casa por causa do risco de desabamento de um muro de contenção às margens da BR-356, na Vila São Bento, próximo ao aglomerado do Morro do Papagaio, na região Centro-Sul de BH. O dado inicial era de 22 famílias, mas o número foi atualizado na manhã desta segunda-feira (19) com a ampliação da área de risco.

De acordo com a Companhia Urbanizadora e de Habitação da Capital (Urbel), quatro famílias já se mudaram e outras duas estão em casas de parentes, mas ainda não retiraram os pertences nos barracões. Porém, apesar do perigo iminente de desabamento, 28 famílias resistem à desocupação.

Não é o caso da cabeleireira Lucineia Santos de Almeida. Na manhã desta segunda, ela acatou as recomendações da Defesa Civil. “Ontem a equipe esteve aqui com um megafone avisando que o risco tinha aumentado. Na hora eu sai de casa e fui para outro lugar. Hoje, voltei para buscar as coisas e agora estou indo para o meu novo imóvel”, conta.Defesa Civil/Divulgação

Defesa Civil esteve no local após novo alerta de risco dos técnicos do DEER-MG

Segundo a Urbel, os moradores da região estão recebendo apoio da Prefeitura de Belo Horizonte. Foi disponibilizado recurso da bolsa moradia por seis meses, um caminhão para fazer a retirada dos itens do local e um espaço para a locação dos mesmos caso a pessoa opte por ir para a casa de parentes.

O órgão informou que a Justiça mineira determinou, na última sexta-feira (16), que as famílias seja removidas em 48 horas. O prazo, no entanto, só começará a valer depois que um oficial de justiça notificar cada família.

Obras

Técnicos do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER-MG) trabalham no muro na manhã desta segunda-feira. O órgão afirmou que as obras emergenciais já começaram e que o local segue sendo monitorado.

O departamento salientou, mais uma vez, que a efetiva recuperação do local passa pela retirada imediata dos moradores que residem na base da cortina atirantada. Assim que a área for desocupada, máquinas e profissionais farão o reforço e estabilização da estrutura para evitar qualquer acidente.

Trânsito

O local permanece com duas das quatro faixas no sentido Rio de Janeiro interditadas para o trabalho. Lentidão e retenções são comuns na área durante todo o dia. No fim da tarde, congestionamentos são relatados pelos motoristas que precisam passar pelo local.

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