Expectativa nas alturas

‘Vou quitar meu carro’, planeja ambulante em fila do cadastramento para o Carnaval de BH

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
16/01/2024 às 12:04.
Atualizado em 16/01/2024 às 12:32
 (Fernando Michel / Hoje em Dia)

(Fernando Michel / Hoje em Dia)

A motorista de aplicativo Roberta de Carvalho Brasileiro, de 54 anos, planeja deixar o volante de lado e apostar como ambulante durante o Carnaval de BH. Segundo ela, o lucro pode chegar a R$ 4 mil em apenas um dia, dependendo do bloco. E a expectaiva alta é para conseguir verba para pagar o carro que comprou.

"Há cinco anos faço esse trabalho temporário para colocar as contas em dia. Para trabalhar com transporte comprei um carro em 2021 e, agora, vou tentar quitar todas as parcelas", planeja Roberta, que chegou às 19h de segunda para a fila de cadastramento de ambulantes, que começou 12h de hoje.

Para garantir a credencial da PBH que permite a venda de bebidas e acessórios, a trabalhadora chegou acompanhada do filho e outros familiares, e está otimista com as vendas, mas teme a concorrência nos dias de folia, principalmente de ambulantes novatos. 

“A expectativa está bem grande. Nós estamos esperando muitos turistas, creio que esse vai ser um dos melhores carnavais. O que me preocupa é a quantidade de “barriga verde” (ambulantes novatos), porque geralmente eles vendem mercadoria muito barata”, explica ela. 

"Vou para a praia"

Depois de muito trabalho - esperado para os dias do Carnaval de BH - a renda extra vai proporcionar momentos de descanso para o vendedor ambulante Egbert Pereira Pedrosa, 64. Ele conta que o lucro diário nos dias de folia varia entre R$ 3 mil e R$ 4 mil. “Vou para a praia e vou vender lá também. A gente começa a vender e não consegue mais parar”, brinca o idoso.

Egbert Pereira Pedrosa é vendedor ambulante no Carnaval de Bh há sete anos. (Fernando Michel / Hoje em Dia)

Egbert Pereira Pedrosa é vendedor ambulante no Carnaval de Bh há sete anos. (Fernando Michel / Hoje em Dia)

Natural de Ouro Preto, ele mora com a família em BH e há sete anos trabalha no Carnaval, vendendo sempre no bairro Santa Tereza, na região Leste de BH. "Vou inovar, ofertando picolés, camisinhas, papel higiênico e absorventes para os clientes", detalhou.

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