Zoo de BH fecha as portas temporariamente para aumentar a proteção contra a febre amarela

Paula Bicalho
pbicalho@hojeemdia.com.br
27/01/2018 às 19:15.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:00
 (Sema-RS/Divulgação)

(Sema-RS/Divulgação)

A partir deste sábado (27), o Zoológico de Belo Horizonte está fechado ao público para que sejam feitas adaptações e reorganizações necessárias para garantir mais segurança aos animais e aos usuários. 

A medida faz parte das ações conjuntas da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica de BH (FPMZB) e da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) para prevenção da febre amarela na cidade. 
    
O fechamento é uma medida necessária para para preservar os animais mais vulneráveis como os pequenos primatas, remanejar equipes e treiná-las para atendimento ao público, além de reorganizar as equipes de atendimento e de bastidores do espaço. 
    
“Fechar uma área verde, definitiva ou temporariamente, é o menor dos impactos para a população, frente aos riscos de termos casos de febre amarela urbana. A Prefeitura tem o dever de agir preventivamente diante das questões relativas à saúde pública e, para isso, deve utilizar todos os recursos disponíveis e necessários para isso”, explica o presidente da FPMZB, Sérgio Augusto Domingues.

O espaço permanecerá fechado até o dia 1º. de fevereiro. 

Comprovação da vacina

A partir do dia 2 de fevereiro, os visitantes do espaço terão que apresentar o comprovante de vacinação contra a febre amarela e o documento de identificação pessoal para que a entrada seja liberada. 

“Estamos cobrando o comprovante de todos os novos funcionários, prestadores de serviços, permissionários, enfim, de qualquer pessoa que necessite entrar nas áreas sob nossa administração", comenta Sérgio Augusto.

Segundo o presidente, embora não tenha registros de casos da doença nas proximidades do zoo, adotar essa exigência é importante já que é um dos locais da cidade que mais concentra pessoas aos finais de semana e está em meio à mata. 

"Assim, contribuímos para sensibilizar a população, aumentar as taxas de vacinação, garantir a segurança dos que visitam ou trabalham no zoológico e também atuamos na contenção do avanço da doença para o meio urbano e na preservação dos animais que aqui estão”, afirma. 

Macacos 
    
Os pequenos primatas do zoológico, mais susceptíveis à doença, estão sendo retirados da área de visitação do público. “É necessário fazer o recolhimento desses animais para uma área toda protegida por telas finas, já que são os mais vulneráveis à contaminação. Infelizmente quem vier ao zoológico não poderá vê-los, mas é importante entender que essa é uma medida preventiva, temporária, num momento de alerta contra a doença”, explica Sérgio. 

Por isso, a partir de 2 de fevereiro, estarão fora da área de visitação as espécies de primatas bugio, parauacu, sagui-imperador, macaco-da-noite, mico-leão-de-cara-dourada, mico-leão-dourado, macaco-prego e guigó.

Vale lembrar que os macacos não transmitem a doença aos humanos. No trabalho de prevenção eles são aliados, pois, quando contaminados, indicam que o local onde vivem pode ter um foco dos mosquitos transmissores infectados com o vírus. 

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