Procon-MG faz audiência sobre automóveis com câmbio Powershift que tiveram problema

Hoje em Dia
Publicado em 20/02/2016 às 15:00.Atualizado em 16/11/2021 às 01:30.
 (Ford)
(Ford)
A novela das falhas na transmissão Powershift da Ford registrou novo episódio. Na quinta-feira, o Procon-MG realizou audiência pública em que foram ouvidos consumidores, especialistas e representantes do fabricante, que relataram problemas, as razões das falhas e propostas para uma solução.
Nas sessão, representantes da Ford reafirmaram que o problema se dá por vazamentos no retentor que contamina o fluido lubrificante da transmissão, que por sua provocava o mal funcionamento. Segundo a fabricante, a maioria dos casos pode ser resolvido a troca do óleo de caixa, assim como do retentor.
 
Concessionários apresentaram notas de serviço, onde constam os reparos. Em 85% delas foi preciso trocar o óleo e também a embreagem. Outros 15% incluíram substituição do retentor.
Os cerca de 40 consumidores que participaram a audiência relataram prejuízos e transtornos com a falha da transmissão e que as idas à assistência técnica não foram capazes de sanar o problema. De acordo com a assessoria do Procon-MG, houve consumidores que sofreram acidentes leves devido ao mal funcionamento da caixa Powershift.
 
Garantia estendida
 
No ano passado, a Ford já havia comunicado que estenderia a garantia dos modelos envolvidos para cinco anos ou 160 mil quilômetros rodados. São eles: Focus Hatch e Sedan 2014 (fabricados de 29 de janeiro de 2013 a 30 de outubro de 2013), Ecosport 2013-2014 (produzidos de 17de maio 2012 a 31 de outubro 2013), New Fiesta Hatch 2013-2014 (fabricados de 19 de outubro de 2012 a 31 de outubro 2013) e New Fiesta Sedan 2013-2014 (montados de 19 de outubro de 2012 a 30 de agosto de 2013).
 
No entanto, a assessoria do Procon-MG aponta que consumidores que adquiriram automóveis com câmbio Powershift no ano passado também reclamaram do falhas e também querem que os reparos necessários sejam feitos.
 
O promotor de Justiça Amauri Artimos da Matta apontou que é preciso investigar se há algum vício na transmissão Powershift, que vá além do problema envolvendo contaminação do fluido. O Procon deu prazo de 30 dias, a partir do recebimento da degravação da ata audiência, para que a Ford envie esclarecimentos complementares ao Ministério Público.
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