Samarco quer suspensão temporária de trabalho

20/04/2017 às 18:38.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:12

A Samarco propôs aos sindicatos de trabalhadores um novo período de layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho). A intenção é deixar em casa por dois meses os funcionários, já que as operações estão paralisadas há cerca de um ano e meio, quando do rompimento da barragem de rejeitos de Fundão, em Mariana.

Os sindicatos Metabase (Mariana) e Sindimetal (ES) votam, na próxima semana, se aceitam ou recusam a proposta da empresa. Hoje, a Samarco possui cerca de 1.800 funcionários. Eram 3 mil. Mas, desde que ocorreu a tragédia, cerca 1.200 foram demitidos por meio do Programa de Demissão Voluntária (PDV). 

É o terceiro layoff que a empresa lança. A Samarco esclareceu que, neste período, os trabalhadores terão bolsa de qualificação profissional e receberão o mesmo valor líquido dos salários. “A solução conjunta proposta foi a realização de um terceiro período de layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho). Os trabalhadores receberão, entre outros benefícios, bolsa de qualificação profissional e ajuda compensatória mensal. A expectativa é que na próxima semana os sindicatos promovam assembleias para votação da proposta. Se aprovado pelos empregados, o novo período de layoff terá início em 1º de junho, com duração até 31 de julho, podendo ser prorrogado por até três meses”, diz a nota da Samarco. 

A mineradora espera por licenças ambientais para voltar a operar. Mesmo assim, seria com 60% da capacidade. Desde que a barragem rompeu, a mineradora listou uma série de medidas trabalhistas: “Licença remunerada (10/11/2015 a 29/11/15), férias coletivas (30/11/15 a 29/12/15), 2º período de Licença remunerada (4/1/16 a 10/1/16), 1º período de layoff (25/1/16 a 25/4/16), 2º período de layoff (25/4/16 a 25/6/16), Programa de Demissão Voluntária e Involuntária (até 31/7/16)”. 

A Samarco não informou sobre a expectativa de adesão ao layoff. 

Usiminas
O presidente da Usiminas, Sérgio Leite, evitou falar sobre a disputa acionária na Companhia quando comentou o resultado positivo da empresa no primeiro trimestre do ano. Segundo Leite, a façanha foi possível porque, no ano passado, quando também ocupou mesmo cargo, foi criado um grupo de notáveis com dez profissionais de alta qualificação que desenhou um planejamento para reverter o quadro negativo. 

Leite perdeu a presidência para Rômel de Souza em outubro de 2016 e retomou o posto em março deste ano.

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