Há infinitas formas de amor

08/09/2017 às 19:57.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:29

Bebês, crianças e adolescentes vítimas de violência sexual e física, em situação de abandono, de negligência e trabalho infantil, com medida de abrigo determinada pela Justiça, vem sendo acolhidos por famílias habilitadas no projeto Família Acolhedora. São pais e mães “emprestados” que não apenas abrem as portas de suas casas, mas principalmente abrem o coração. 

Atualmente, presente em Belo Horizonte e mais 103 municípios mineiros, a boa notícia é que a semente será semeada. Em breve, a rede de proteção deve ser expandida. A Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese) planeja lançar um plano de regionalização do projeto em outras cidades do interior. A escolha dos municípios será feita a partir de indicadores de vulnerabilidade.

O anúncio oficial com todos os detalhes deve ocorrer no próximo mês, mas já soa como alento para milhares de crianças e adolescentes carentes de afeto e em situação de risco, na opinião de psicólogos e assistentes sociais. 

Em Belo Horizonte, estão em vigor duas modalidades dentro do Família Acolhedora. Na primeira, os participantes não têm pretensão de adotar. Tão logo as famílias biológicas se reestruturem, as crianças retornam para o convívio com os pais. Neste caso, as famílias acolhedoras podem ficar com as crianças por até dois anos. 

Já em uma outra modalidade, de longa duração, o acolhimento pode ocorrer até que o jovem complete 18 anos. Assim, após essa data, a adoção poderá ocorrer, caso a Justiça determine.

Nas duas situações, o projeto visa a manutenção dos vínculos familiares e comunitários de crianças e adolescentes que tiveram direitos violados, foram afastadas do convívio familiar, e necessitam de abrigo e de carinho. Para se candidatar ao acolhimento, a família precisa atender a pré-requisitos, entre eles disponibilidade de tempo para a criança.

O objetivo é que com esse tipo de acolhimento a criança ou adolescente possa atravessar a fase difícil com mais serenidade, recebendo um apoio pontual que pode mudar a história da sua vida. 

Para esses meninos e meninas, é uma chance de receber amor e assistência à saúde e aprender sentimentos de pertencimento familiar, de comunidade. É a possibilidade de ter uma referência de mundo. 

  

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