O susto dos combustíveis

05/09/2017 às 22:53.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:26

O consumidor mais atento ao noticiário já deve estar refazendo as contas do orçamento doméstico. Apesar do desemprego nas alturas, o poder de compra dos brasileiros cai e os preços só sobem, como ocorre agora com a gasolina, o gás e o diesel, que serão, certamente, os principais impactantes nos próximos índices de inflação, conforme já preveem alguns economistas mais atentos.

É aquele tal negócio que todos já sabem: subiram os combustíveis, sobe tudo, num efeito cascata que ninguém sabe onde pode parar. Belo Horizonte, por exemplo, ocupava o 12º lugar entre as capitais com a gasolina mais cara. E agora? Imagine em lugares distantes deste país. Em Petrolina, por exemplo, à beira do rio São Francisco e em pleno sertão pernambucano, o litro do combustível já havia chegado a R$ 4,20.

O fato é que após ser surpreendido com um aumento de 11,2% no preço da gasolina num intervalo de seis dias, o consumidor terá que engolir hoje nova alta: desta vez, no preço do gás de cozinha. A Petrobras anunciou ontem um reajuste médio de 12,2% para o botijão de 13 quilos.

O preço do botijão de GLP deve ter aumento médio de R$ 8 para o consumidor em Belo Horizonte e, além do reajuste autorizado pela Petrobras, haverá um percentual relativo a acordos salariais dos empregados do setor que será embutido no valor.

Diante disso, como o preço médio do botijão hoje é de R$ 53,38, após o novo golpe no bolso o consumidor deverá desembolsar mais de R$ 61 pelo produto.
Na verdade, agosto não deixará saudade nos brasileiros. Terminou com o preço médio do litro da gasolina a R$ 3,80. E como se fosse pouco, ontem, na capital, alguns postos já vendiam o combustível por mais de R$ 4,10. Para se ter ideia, ao encher um tanque com 40 litros, por exemplo, o consumidor terá de gastar R$ 12 a mais.

É bom lembrar que nos últimos quatro anos a alta dos combustíveis foi maior do que a inflação do período. Dados da Agência Nacional de Petróleo mostram que entre agosto de 2013 e o mesmo mês de 2017, a gasolina teve uma alta de 39,27%. Mas com os últimos aumentos, esse valor pode ultrapassar 50%. Onde vamos parar?
 

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