Programas de educação inclusiva constituem abordagens humanísticas de indivíduos, crianças ou adultos que apresentem as chamadas necessidades especiais.
São, acima de tudo, processos democráticos, nos quais cada sujeito, embora possa ser considerado “diferente” dos pares em razão de deficiências físicas ou intelectuais, é valorizado em sua singularidade e, assim, tem a oportunidade de integrar-se mais e melhor à coletividade.
Os principais objetivos perseguidos são a satisfação pessoal dos alunos, claro, e sua efetiva inserção social, seguindo o princípio de que, como quaisquer outras pessoas, eles representam papel fundamental na formação de uma sociedade mais justa e desprovida de preconceitos.
É isso o que faz o “Programa Superar”, voltado à inclusão de crianças com deficiência, por meio de atividades pedagógicas e esportivas. Aplicado na capital mineira há 24 anos, o “Superar” atende hoje quase mil belo-horizontinos.
Recentemente, o programa inaugurou um núcleo na Escola Municipal Marconi, Região Oeste da cidade, exclusivo para crianças e adolescentes matriculados na unidade – e que tem apresentado excelentes resultados, como mostra esta edição do Hoje em dia.
Atividades que vão desde os treinamentos funcionais até a natação, passando por atletismo, tênis de mesa, judô e outras modalidades esportivas, são desenvolvidas com esses estudantes sempre a partir de planejamentos individuais, na medida em que cada praticante tem as próprias demandas.
Com isso, conforme relato de pais, professores e dos próprios alunos, eles ganham confiança, gostam mais de si mesmos e melhoram seu desempenho em outras disciplinas.
Até o bullying, que, infelizmente, ainda é comum nas escolas, é reduzido, já que os estudantes passam a se relacionar melhor e a ser mais respeitados pelos colegas.
A expectativa é de que a experiência do Marconi seja levada a outras unidades de ensino municipais, em breve.
Dessa forma, mais e mais crianças e adolescentes poderão receber suporte para encarar os desafios da vida, aprimorando a expressão corporal e a autoestima e, sobretudo, vencendo barreiras muito maiores que as existentes para os demais.