Olá, amiga e amigo advogado, tudo bem?
Aqui neste espaço gentilmente cedido pelo Jornal Hoje em Dia abordei por diversas vezes a importância do universo jurídico abraçar as inovações tecnológicas que tantas mudanças já trouxeram a outras áreas de nossa vivência e, assim, adentrar de vez no século XXI. Meu pensamento é que, uma vez que o Direito começar a integrar mais soluções tecnológicas em suas diversas operações, isto irá facilitar cada vez mais o trabalho dos profissionais jurídicos e do cidadão que necessita do Judiciário.
Um grande e importante passo para isso foi dado na última no dia 26 de abril último. Trata-se do evento Legal Connections, que foi realizado no Órbi Conecta, um lar para startups localizado no coração de Belo Horizonte - e também a casa do Juris Correspondente. O Órbi tem se destacado como anfitrião de alguns dos mais importantes eventos empresariais e tecnológicos de nossa cidade, entre eles o Uber Hack: Belo Horizonte (uma maratona tecnológica promovida pela gigante norte-americana da mobilidade urbana), o ConstruTalk (evento voltado para a área de construção civil promovido pela MRV) e agora o Legal Connections.
Parte do universo da Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs - AB2L, o Legal Connections foi realizado objetivando ampliar cada vez mais as relações entre empresas e startups que se propõem a trazer soluções inovadoras para o universo jurídico (as lawtechs/legaltechs) com aqueles que serão seus principais beneficiários, ou seja, advogados, departamentos jurídicos e escritórios de advocacia.
Recebemos aqui no Órbi 150 empresários, estudantes e advogados que participaram ativamente do evento. Na abertura, minha sócia no Juris Correspondente/Dubbio Sarah Dutra e a cofundadora do Órbi Anna Martins discursaram sobre a importância da inovação e da diversidade. Depois, tivemos o prazer de ter uma palestra ministrada pelo executivo e advogado Christiano Xavier, com passagem pela Localiza e hoje comandante da Future Law, que ministra cursos para advogados sobre temas atualíssimos, como design thinking e blockchain. Em sua fala, Xavier declarou que a tendência da advocacia do futuro é cada vez menos litígios e mais acordos entre as partes.
Em seguida, tivemos um ciclo de debates moderados por Guilherme Freitas, hoje no comando do departamento jurídico da MRV. Finalmente, encerrando o evento, Roberto Novaes, do escritório Marcelo Tostes, apresentou seu estudo, no qual identifica a existência de 18 lawtechs em Minas Gerais. Ele também pontuou os desafios dessas empresas de fornecerem as soluções necessárias para os escritórios de advocacia, porém acredita que os profissionais jurídicos deveriam se abrir para as inovações proporcionadas pelas lawtechs. Em suma, foi um evento que possivelmente irá formar cada vez mais novos “advogados modernos”!