OAB e faculdades dão passo à frente e promovem a tecnologia no Direito

06/12/2017 às 18:27.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:05

Olá amiga e amigo advogado, tudo bem?

Nos últimos dias, cobri grandes distâncias em meu estado natal de Minas Gerais para participar de alguns eventos importantes. Em Montes Claros, participei de um workshop sobre empreendedorismo jurídico, que foi organizado pela comissão OAB Jovem. Poucos dias depois, em Uberlândia, participei do debate Direito e Tecnologia, que abordou temas atualíssimos como startups e moedas digitais no âmbito jurídico.

Ufa! Parece cansativo - e foi. Mas, certamente, valeu a pena.

Sob o ponto de vista de minha empresa, os eventos foram extremamente proveitosos, pois conheci pessoas interessantes que podem se transformar em importantes parcerias futuras. Mas o mais satisfatório foi notar a abertura por parte da OAB e dos responsáveis pelo ensino jurídico às mudanças tecnológicas que vieram para melhorar a prática jurídica. 

2017 foi um bom ano para os entusiastas por aplicar as inovações tecnológicas na área jurídica. As lawtechs de todo o país uniram-se na AB2L, uma organização importante para fomentar o desenvolvimento do setor e apoiar empresas que visem utilizar a tecnologia na área jurídica. Mas é igualmente importante que a OAB, por meio de algumas de suas comissões, tem se mostrado aberta a enxergar os benefícios que a modernização de algumas práticas jurídicas trariam para a profissão.

Não é segredo para ninguém que a área jurídica continua sendo vista como complexa e altamente burocrática. Porém, os eventos dos últimos meses tem servido para mostrar o quanto esta visão está ultrapassada atualmente. E o esforço nesse sentido, como dito acima, tem partido não apenas da AB2L, mas também da OAB que, ao dar espaço de fala para pessoas da área, confere legitimidade à nossa luta.

Além da OAB, é importante destacar  o papel das instituições de ensino de Direito, por meio da promoção de eventos sobre o tema. O debate em Uberlândia, por exemplo, foi realizado pela ESAMC, uma conceituada faculdade que convidou-me para discutir “a evolução do Direito frente a startups, moedas digitais e inteligência artificial”, como diz a descrição do evento. E, há algumas semanas, eu já havia palestrado para os alunos da Faculdade Newton Paiva, em Belo Horizonte, que abriu uma interessante e atual disciplina na grade curricular de seu curso: Empreendedorismo no Direito.

Afinal, tais instituições estão percebendo que seus jovens alunos cresceram habituados à onipresença da tecnologia em suas vidas. Os atuais estudantes de Direito acessam redes sociais diariamente, conhecem Bitcoins, são usuários de serviços como Netflix e Uber… E certamente gostariam de contar com ferramentas digitais em sua profissão também. E, ao perceber isso, as faculdades dão um passo para a frente ao estimular a modernização do Direito.

Com o apoio da OAB e das instituições de ensino, o Direito e a tecnologia terão um longo e feliz casamento pela frente. 
Abraços e até a próxima!

  

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