Seis dicas imperdíveis sobre cobrança de honorários

11/10/2016 às 23:20.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:11

Uma dúvida que assola muitos colegas é saber como cobrar os honorários advocatícios. Por isso, a coluna de hoje se inspirou em um artigo de sucesso do Blog do Juris para trazer até você seis dicas de como cobrá-los:

1. Use a Tabela da Ordem como base – A ética da advocacia exige que a Tabela da Ordem seja respeitada em seus valores mínimos. Isso valoriza a profissão e evita que sejam realizados serviços jurídicos por valores baixos demais. Por isso, é importante usar a tabela como parâmetro de cobrança de honorários.

2. Avalie os custos do serviço – Existem diversos tipos de serviços jurídicos além das ações. Pareceres, diligências de correspondência, audiências, sustentações orais e consultoria preventiva são apenas alguns deles. Atuando como patrono de uma ação ou nesses outros serviços possíveis, é importante fazer uma avaliação do custo total que você terá. Considere o tempo, o esforço intelectual e físico, os insumos de deslocamento, material de pesquisa, etc. Leve em conta quanto vai custar executar o serviço antes de dizer ao cliente quanto cobrará por ele.

3. Fique atento à demanda – Alguns casos são mais complicados e únicos. Outros, no entanto, são temas usuais. Essa avaliação entra no seu custo de oportunidade e influencia muito em decidir quanto cobrar de honorários. A chance de êxito final também é um elemento a ser levado em conta. A existência ou não de honorários sucumbenciais pode ser um fator, e tudo isso deve entrar em sua avaliação.

4. Não dê uma resposta imediata – A menos que seja um caso padrão, peça sempre ao cliente um tempo para analisar a demanda antes de dar um valor. A pressa em fechar com o cliente pode fazer com que se cobre muito caro, fazendo com que ele procure outro advogado, ou se cobre muito barato, e você acabe perdendo dinheiro. Vale a pena ser responsável sempre, analisar o caso e dar ao cliente uma resposta sincera, inclusive indicando outro profissional (o que é uma excelente chance para fazer um bom networking).

5. Negocie com o cliente – Não adianta cobrar um valor que o cliente não pode pagar. Por isso, é importante negociar, tendo em mente o mínimo que você pode aceitar. Essa negociação, inclusive, pode ser para pagamento a prazo, uma entrada, um valor ao final da ação em caso de êxito. Mas tenha consciência das possibilidades do cliente e do que é razoável para você.

6. Saiba cobrar honorários de correspondência – Um grande problema são os honorários de correspondência. Advogados e estagiários têm, com frequência, cobrado valores irrisórios para atividades jurídicas, e escritórios têm feito propostas que são degradantes para a carreira. Não aceite valores irrisórios, mesmo que realizar a diligência não tenha um custo alto. Valorize-se como profissional.

Com base nessas seis dicas, já é possível traçar as linhas gerais de como e quanto se deve cobrar pelos honorários advocatícios. E você, tem alguma outra sugestão? Compartilhe com a gente! Abraços e até a próxima.

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