Narcos retorna com caçada a Escobar e amplia a narrativa de olho na terceira temporada

02/09/2016 às 07:42.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:39

 ,  nem “La espada que guarda el caudal”. A caçada está armada, o governo colombiano não mais negocia, e seus parceiros mais próximos têm sérias dúvidas quanto à lealdade ao grande líder do narcotráfico.

, a estrutura dramática conduz por uma contagem regressiva a partir do momento em que o público percebe que não há mais escapatória para Escobar.

A segunda temporada será uma enorme caçada ao traficante que comandava a Colômbia e era o ídolo dos pobres do país, por quem muito realizou com o dinheiro do crime. A produção, como era de se esperar, permanece impecável. O espanhol de Wagner Moura evoluiu ainda mais e o ator apresenta um trabalho digno de prêmios internacionais. Engana-se, no entanto, quem espera algum avanço na estrutura dramática da série. Não que seja defeito, mas nada de novo foi apresentado neste sentido.

A morte de Escobar e a 3ª temporada
Que Pablo morre, não é novidade (não, não é no primeiro episódio, óbvio!) – muito menos spoiler, vamos combinar. No entanto, a segunda temporada apresenta um panorama que prova que existe, sim, vida após Pablo (e além de Escobar). De forma sutil, mas mostra. O universo do narcotráfico se reorganiza com a possibilidade da captura do traficante, e isso explica que a morte dele não significa o fim desta narrativa.

É essa a aposta para uma possível terceira temporada, revelou uma fonte da Netflix: Narcos vai além de Pablo, Narcos quer mostrar o submundo e a realidade do narcotráfico. Pablo é, (vamos perjurar?) um mero papel principal nesta fase da história que chega à segunda parte.

Resta-nos aguardar pelos novos episódios e acompanhar a captura e morte de Escobar, que promete ser dramática, recheada de adrenalina, violência, palavrões (hijo de puta!), sexo, realismo quase cortante, e tudo aquilo mais que amamos em Narcos. Resumindo, aposto ser uma corrida pela captura que se revelará agonizante e repleta de ganchos para prender o público. Valeu a pena esperar, e, acho, valerá a pena acompanhar mais esta temporada.

A pergunta que fica, no entanto, é que, por mais que o universo do narcotráfico tenha muito a oferecer além de Pablo Escobar para uma narrativa cativante e verdadeiramente dramatúrgica, com protagonismos, antagonismos e plot points, Narcos se ancorou na imagem de Wagner Moura, que deu à produção um nível de excelência e publicidade (principalmente entre o público brasileiro, que acaba achando que a produção seja nacional), que planta a dúvida: uma terceira temporada sobreviveria sem Wagner Moura no protagonismo genial que vem desempenhando?

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