Em tempos de Carnaval, é comum ouvirmos críticas à festa momesca. As reprovações são mais venenosas quando reúnem elementos ideológicos para dizer que o Carnaval é uma festa inútil, que não produz nenhuma riqueza, etc. Se um concurseiro der crédito a isso... ficará entre o lamento de perder a folia e a culpa por participar dela. E alguém lança a pergunta fatal: “Qual a utilidade do Carnaval, se as necessidades humanas resumem-se a comer e dormir?”.
Bem, em todo mundo, encontramos festividades que levam as pessoas a libertar seus sonhos e fantasias. Além do carnaval, esse o caso do “Haloween”. Outro exemplo: “St. Patrick’s Day” que, em alguns países de língua inglesa, chega a durar dez dias.
O “Afropunk”, realizado anualmente em New York, extrapolou as fronteiras dos Estados Unidos e faz sucesso em Paris. Por falar em Paris, toda a França se mobiliza durante cinco dias na festa das uvas. O bairro parisiense de Montmartre é tomado por bandas e carros alegóricos.
Então, por que tanta crítica ao nosso Carnaval? E quanto ao argumento de que nossas necessidades são apenas comer e dormir? Engana-se quem pensa assim. Quando nossos ancestrais sentiam fome, coletavam vegetais ou caçavam. Quando estavam cansados, abrigavam-se para dormir. E quando dormiam?
Quando dormimos, atendemos uma terceira necessidade, sem a qual morremos literalmente: a necessidade de sonhar. É sonhando que evoluímos. No caso dos estudos, é durante um bom repouso que sedimentamos nossos conhecimentos.
Nossos sonhos podem (e devem) ir além do sono. Então, leitor, continue sonhando a cada amanhecer, no sentido de seguir lutando para transformar seus sonhos em realidade.
E não se sinta culpado pelos momentos de lazer, seja o Carnaval ou qualquer outro evento que você aprecie. Afinal, as festas ao redor do mundo cumprem este papel de nos propiciar sonhos. <TB>Então, coma bem... durma bem... sonhe sempre.
E bons estudos.