Com a proximidade do Natal, as desavenças costumam ser acertadas. Isso foi tema do artigo “Parabéns, Mãe” publicado no dia 13 de dezembro de 2015. Foi uma homenagem a um aluno e confidente que era hostilizado pelos irmãos. Havia, porém, um dado que ensejava as pazes nas festas natalinas: o aniversário da mãe. Mas, com a formatura em direito, a inveja foi maior que os apelos sentimentais.
Naquele último mês de dezembro, recebi telefonema do meu aluno. Ele agradeceu a homenagem e o fato de eu manter a confidência, isto é, escrever sobre o tema sem mencionar os nomes das pessoas.
Eu esperava notícias de reconciliação, o que seria um ótimo presente para a mãe. Mas, relembrando os anos para construir seu conceito nas repartições onde trabalhou, queixou-se da tentativa de alguns irmãos em destruir tudo em um minuto: compareceram a uma dessas repartições e fizeram difamações e calúnias impublicáveis.
Mesmo assim, em respeito à mãe, propôs aos caluniadores que dirigissem amistosamente a palavra a um colega de trabalho, ou aos filhos, e dissessem uma única coisa boa a respeito dele.
Ora, é claro que todos nós temos defeitos e virtudes. Infeliz é quem só vê defeitos no próximo. Então, diante da triste notícia do meu aluno, cujos irmãos se recusam em aceitar uma condição tão singela, este artigo é dedicado a eles. Em homenagem à mãe, repensem isso.
Neste Natal, façam com que a frase “parabéns, mãe” não seja apenas uma retórica. Lembrem-se, por exemplo, que, ao tomar posse num cargo público, a primeira atitude do irmão desgarrado foi fazer um plano de saúde para ela.
E para todos os meus alunos e leitores, com a certeza de que também tomarão boas atitudes quando triunfarem, desejo-lhes um Feliz Natal.