Eu não gosto de Matemática! Eu não gosto de História! Eu não gosto de Direito Penal! Eu não gosto... Eu não gosto... É comum ouvirmos entre os alunos diversos “eu não gosto”. E, diante de uma prova, o candidato brilha em determinados ramos do conhecimento. Mas se vê reprovado porque tirou nota zero, ou próxima de zero em alguma matéria específica.
Ah, como seria bom se fizéssemos apenas o que gostamos! Bem, será que seria bom mesmo? Será que um pouquinho de dissabor não é necessário?
Se não enfrentamos os infortúnios da vida, não saberemos saborear os momentos de alegrias, de vitórias e triunfos. É assim na vida, é assim nas relações afetivas, é assim nas provas e concursos.
Quem opta por estudar apenas as matérias de sua predileção não está condenado apenas a fracassar nas provas. Está condenado a ser uma pessoa incompleta, infeliz e incapaz de compreender a realidade por seus diversos ângulos.
Ninguém é obrigado a saber tudo. E não há nada mais enjoado do que um indivíduo que se apresenta como o sabichão, sempre com uma lasquinha a mais de inteligência em relação a qualquer tema.
Mas é necessário que tenhamos uma visão geral das diversas áreas de estudo. No caso específico dos concursos, o esforço que estudar o que não é da nossa predileção costuma ter o efeito de um milagre: à medida que você persiste e começa a aprender, acaba gostando do que, anteriormente, lhe parecida horripilante.
Por falar em milagre, o próprio Jesus nos ensina, por meio de Lucas (6,32), que não devemos amar apenas os que nos amam. E o Grande Mestre nos pergunta: “Se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam”. Parafraseando-o, podemos perguntar: se estudardes só do que gostais, o que aprendereis?
A todos eu desejo bons estudos. E que sejam bons em todas as áreas de conhecimento.