A crise hídrica é evidente

24/08/2017 às 15:50.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:14

José Aparecido Ribeiro*

Governos populistas contam com a sorte, governos adultos e responsáveis planejam e não esperam pelo pior. Não é preciso ser especialista para notar que estamos em um período de seca atípico. A caixa d’água de Minas Gerais está se esvaziando e os reservatórios entraram em alerta.
Contudo nossos governantes seguem esperando a crise se agravar para chamar a população à sua responsabilidade, orientando para o uso racional da água. 
Infelizmente a cultura do desperdício continua presente e não é raro ver pessoas lavando passeio ou cantando no chuveiro. Brasileiro não sabe o que é sacrifício, vive em abundância.
Mesmo com os alertas de especialistas, o povo não sabe usar os recursos naturais, em especial a água. E quando falamos de água, devemos lembrar também de energia elétrica. Tem ficado cada dia mais evidente os ciclos de seca na região sudeste do Brasil. Ciclos climáticos que são incontroláveis e por vezes severos.
Enquanto no sul e no norte estes ciclos de chuvas se repetem com frequência, no sudeste a seca tem se prolongado. Em períodos de cheia, o ideal seria estocar água em grandes reservatórios. Porém, construir barragens não é coisa simples, demanda recursos e uma ajuda da divina providência, relacionadas à topografia, espaço ocioso e uma dose de ousadia de governantes, que todo mundo sabe, vive tapando buracos.
Com efeito, enquanto as caixas de água da região sudeste não forem renovadas, o correto é não abusar da sorte e nem se nortear pela lógica do voto, adiando decisões importantes como as de convocar a população para economizar. Ninguém duvida que as chuvas virão um dia, só não se sabe quando. Até lá, canja de galinha e economia não farão mal a ninguém.

(*) Consultor em Assuntos Urbanos

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