Danilo Oliveira*
Depois de alguns anos de crescimento econômico os brasileiros se depararam com a falta de crescimento econômico e outras variáveis como emprego e renda. Acostumados com o poder de compra e um elevado consumo, os brasileiros agora procuram um novo caminho para voltar às compras.
O cenário agora é de incertezas, os números da economia que até então vinham recuperando e dando ao povo brasileiro a expectativa de um futuro melhor voltaram ao patamar anterior, mesmo com o governo trabalhando em cima de reformas. Para dar um fôlego à economia e retomar os investimentos externos será necessária a solução da crise política.
Mas a crise política ganhou mais espaço trazendo graves consequências econômicas e somente após a solução desta crise será possível saber a direção da economia no país.
As reformas da Previdência e Trabalhista, em análise no Congresso, necessitam de serem aprovadas para equilibrar as contas públicas e demonstrar aos investidores a credibilidade e a segurança de nossa economia.
Com a inflação controlada e a taxa de juros básica da economia em viés de baixa necessitamos que a crise política seja apartada da crise econômica. A economia não pode parar e nem o povo brasileiro pode ser penalizado pela falta de comprometimento da agenda econômica enquanto o Legislativo não decide a grave crise política.
A Lava Jato trouxe para o país um novo cenário político e econômico, uma vez que o maior esquema de lavagem e desvio de dinheiro mostrou para os brasileiros onde estavam os grandes gargalos das contas públicas. A Lava Jato foi a maior responsável pela insatisfação popular e pela perda de credibilidade do país em nível internacional.
Com esse cenário caótico, os investidores, empresários e governo necessitam entender que a economia não pode parar. Que as tomadas de decisões e as políticas econômicas são necessárias para bom funcionamento da economia. O emprego e consequentemente o poder de compra só voltarão a crescer com a retomada da agenda econômica desvinculada da crise política.
(*) Economista, mestrando em Administração de Empresas e professor da Faculdade Promove de Belo Horizonte