A iniciação científica como divisor de águas para a trajetória profissional

22/11/2017 às 21:48.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:50

Silvino Paulino dos Santos Neto*
Daniela Maria Rocco Carneiro**


De acordo com uma publicação inédita feita pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações em abril deste ano, estudantes de graduação participantes de programas de iniciação científica têm 2,2 vezes mais chances de concluir um mestrado em relação a aqueles que não participam desse tipo de programa. Quanto ao doutorado, essa base comparativa é de 1,5 de maior chance.
Do referido estudo, chamado “A formação de novos quadros para CT&I (Ciência, Tecnologia e Inovação): avaliação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic)”, também vale destacar que 56% dos bolsistas Pibic tiveram contato com outro idioma, sobretudo em função de textos para a composição do trabalho final. Quando questionados sobre a comunicação dos resultados da pesquisa, 58% afirmaram que realizaram algum tipo de divulgação científica, dentre os quais 19% em eventos nacionais e 5% em eventos internacionais.
Infelizmente, há ainda uma grande limitação de recursos de todas as ordens (humanos, financeiros, entre outros) em boa parte das instituições de ensino superior (IES) brasileiras, sejam elas públicas e privadas; e isto se torna mais evidente nos programas de iniciação científica (IC). Esta situação frequentemente ocorre porque o desenvolvimento da pesquisa não é obrigatório em faculdades, e a escassez de estímulos como esses é recorrente entre as IES privadas.
De todo modo, vale ressaltar que a IC por vezes pode ser um divisor de águas para os estudantes, especialmente porque tende a ser uma manifestação voluntária de se fazer pesquisa, diferentemente dos trabalhos de conclusão de curso, que são requisitos obrigatórios entre muitas IES. Alunos envolvidos em atividades de pesquisa são mais preparados para o mercado de trabalho, além de deixarem um legado para a sociedade, quer seja pela publicação propriamente dita, quer seja por meio da criação de bens e serviços inovadores.
No último sábado, dia 18/11, tivemos o privilégio de realizar o VI Encontro de Iniciação Científica das Faculdades Promove e Kennedy, último evento do Programa de Iniciação Científica 2017. Neste ano, além de contar com 35 projetos, 28 professores orientadores e 80 alunos, o Programa apresentou duas grandes inovações, quais sejam: a primeira edição de um prêmio para os três melhores artigos e um livro/e-book com os resumos de todos os trabalhos, que por sua vez será lançado no primeiro dia letivo do ano que vem, dando abertura oficial ao Programa de Iniciação Científica 2018. Trata-se de um esforço coletivo que visa tornar duas faculdades privadas referência na pesquisa, possibilitando aos seus discentes uma oportunidade verdadeiramente real de transformação e diferenciação de suas trajetórias profissionais.
*Doutorando em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais. Docente e coordenador do Núcleo de Pós-graduação e Pesquisa (NPP) das Faculdades Promove e Kennedy.
*Doutorando em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais. Docente e coordenador do Núcleo de Pós-graduação e Pesquisa (NPP) das Faculdades Promove e Kennedy.
**Doutora em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília. Docente e professora assistente do NPP das Faculdades Promove e Kennedy – Seção Iniciação Científica.

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