A sobrevivência da democracia

15/12/2017 às 21:16.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:17

Aristoteles Atheniense*

Em recente exortação pré-eleitoral, o apenado Luiz Inácio Lula da Silva teve o desplante de afirmar: “O país só fala em corte de gastos e em corrupção. Quem roubou tem que estar preso, mas as empresas não podem fechar”.

Esta é a “justificativa” encontrada na censura feita à inatividade do Complexo Petroquímico no Rio de Janeiro, acrescentando: “Se estivesse produzindo, quanto imposto estaria sendo gerado, quantos empregos?”.

Na mesma toada, acrescentou: “Se você quer diminuir em 50% a criminalidade, é só garantir emprego, salário e escola para o povo, que você vai perceber que a violência vai diminuir no dia seguinte”.

A avaliação feita por Lula mais se assemelha à de um “cientista político”, embora a sua candidatura em 2002 houvesse sido financiada pelo ditador líbio, Muammar al-Gaddafi em US$ 1 milhão, conforme denunciado pelo seu antigo parceiro Antonio Palocci.

Em se tratando de ajuda recebida do exterior, tal a gravidade de que se reveste, seria bastante para que o TSE cancelasse o registro do Partido dos Trabalhadores, conforme admitiu o ex-presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto, que no passado era integrante da falange petista.

Assim, enquanto Lula bravateia em sua jornada emitindo mentiras caluniosas, o seu prestígio eleitoral continua de vento em popa, como se o povo brasileiro não fosse dotado da capacidade de distinguir entre o bem e o mal.

Se a nossa democracia está consolidada, se as instituições estão funcionando, como o presidente Michel Temer sustentou na última semana em Buenos Aires, não há como aceitar que possamos voltar a conviver com a rapinagem que inspirou o esquema bilionário instituído na Petrobras, já desvendado em parte pela Operação Lava Jato.
Daí a responsabilidade que temos no próximo pleito, pois, conforme afirmou Aldous Huxley: “A sobrevivência da democracia depende da habilidade de um amplo número de pessoas fazer escolhas realistas com base em informações adequadas” (“Admirável Mundo Novo”, 1932).
É a esperança das pessoas de bem.
(*) Advogado e conselheiro nato da OAB, diretor do IAB e do IAMG

  

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