Aristoteles Atheniense*
Na medida em que surgem novos processos incriminando o ex-presidente Lula, reduzindo as suas possibilidades de candidatar-se em 2018, o PT anuncia que sustentará perante a Justiça eleitoral posições que possam assegurar ao seu líder o direito a concorrer a um terceiro mandato, independentemente do que o Judiciário vier a decidir.
A atual presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, já proclamou: “O que estamos denunciando é que o impedimento de Lula seria uma fraude nas eleições. Vamos caminhar para o boicote se ele for impedido de ser candidato”.
Para o deputado estadual paulista, José Américo, existem duas hipóteses: “A primeira é de forçar a candidatura, apelando ao STF para suspender a decisão da condenação. A segunda é de boicotar as eleições... E aí vai ser uma convulsão social, um risco de guerra civil no país”.
Isso importaria na versão absurda de que somente com a participação de um candidato incriminado e reincidente o pleito se tornaria possível. Trata-se de uma chantagem imposta ao eleitorado, que ficaria impossibilitado de escolher o sucessor de Temer, ainda que surjam candidatos em condições de receber a faixa presidencial.
Mais uma vez, os petistas se opõem aos interesses populares, como ocorreu com a Reforma Trabalhista, ignorando o número expressivo de 14 milhões de desempregados. Em 1988, resistiram à Constituição Cidadã, que tinha por objetivo encerrar o ciclo de 21 anos de ditadura militar. No governo de Itamar Franco, sabotaram o Plano Real, que exterminou a inflação, assegurando a estabilidade econômica do país.
Dois anos após, a falange lulista se opôs à Lei de Responsabilidade Fiscal, numa demonstração, a mais, de sua insensibilidade com o nosso futuro, voltada, exclusivamente, para a sua manutenção no poder.
Não é de hoje que CUT, MST e outros movimentos paredistas anunciam o propósito de incendiar o país, de modo que os ministros do STF se rendam a esses expedientes espúrios, caso não seja permitida a candidatura de seu corifeu.
As derrotas sofridas pelo PT nas últimas eleições, a prisão e o processamento de seus principais dirigentes, não foram suficientes para que o partido caísse na realidade, conscientizando-se de mais um malogro em seu propósito temerário.
Pressentindo o desfecho do recurso que será apreciado pelo TRF da 4ª Região em Porto Alegre, mantendo a sentença condenatória de Sérgio Moro, além de outros procedimentos penais instaurados pela PF, os sectários de Lula anunciam resistir, a qualquer preço, a vedação imposta à sua candidatura, num autêntico desafio ao império da lei.