Biofábrica, uma grande conquista

28/11/2017 às 22:33.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:56

Zé Silva*

Desde nossos trabalhos na gestão pública estadual, na Emater-MG ou na Secretaria de Estado de Agricultura, e sobretudo em nossas atividades parlamentares, participamos da busca de soluções econômicas e sociais para a região do semiárido mineiro, que abrange principalmente o Vale do Jequitinhonha e o Norte do Estado.

No campo social, com o Programa Minas Sem Fome, executado pela Emater e do qual fomos gerente estadual, inovamos nos processos para inclusão social e combate à fome, tomando como eixo de sustentação do programa a implementação de projetos produtivos. Ou seja, a inclusão social se fazia com projetos comunitários de produção de alimentos, com lavouras, pomares, criação de aves, agroindús-trias e fomento para a pecuária familiar.

A região do semiárido mineiro tem condições e obstáculos específicos, devido às suas condições climáticas, regimes de chuvas e secas recorrentes. Conviver com essa situação, sem maiores prejuízos para a produção agrícola e outras atividades rurais, é um de seus grandes desafios. E todos sabemos que as ciências e as tecnologias são essencialmente as chaves para a superação desses desafios.

Nesse sentido, está em tramitação na Câmara Federal indicação de nossa autoria para criação da Universidade Internacional do Semiárido, a ser instalada em Montes Claros, a “capital” do Norte de Minas. Entendemos que uma universidade, fonte de conhecimentos e pesquisas, é um passo importante e indispensável para encontrar soluções, arranjos e inovações viáveis para sustentar a economia e o desenvolvimento rural sustentável na região do semiárido.

E ali mesmo, em Montes Claros, estivemos recentemente participando e comemorando uma conquista extraordinária graças às ciências e tecnologias: a instalação no Instituto de Ciências Agrárias da UFMG de uma biofábrica para produção de mudas resistentes às condições do semiárido, utilizando processos de biotecnologia.
Estivemos engajados em todas as etapas desse grande projeto, que recebeu inicialmente R$ 800 mil de investimentos do governo federal. Agora, estabelecidas essas condições iniciais, o desafio é a criação e implementação de políticas públicas e gestão que transformem tudo isso em produção de alimentos, geração de renda e oportunidades de trabalho para a população do semiárido mineiro.

* Zé Silva é agrônomo, extensionista rural,deputado federal pelo Solidariedade/MG
 

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