Luzana Mota (*)
Existem hoje diversas doenças que desafiam cientistas e equipes multidisciplinares da área da saúde e, sem dúvida, o estresse e a depressão são males que estão entre elas. Dados do International Stress Management Association (Isma-Brasil) mostram que o brasileiro é o segundo no ranking mundial de países com maior número de habitantes estressados.
Já a depressão afeta 11,5 milhões de brasileiros, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Combater as doenças da mente é complexo e exige um tratamento de médio a longo prazo. Mas existem aliados prazerosos para quem precisa enfrentar essa jornada.
Estudos comprovam que a prática de atividade física regular faz com que o corpo libere substâncias que provocam a sensação de prazer e bem-estar. Elas auxiliam no combate à depressão, diminuem estresse e tensão corporal, regulam o sono e reduzem o desconforto da dor.
Os exercícios físicos também contribuem para reduzir os níveis de cortisol, um hormônio que, em excesso, é associado a dificuldade de aprendizagem, lapsos de memória e redução da libido. Por isso, os exercícios têm sido tão indicados para prevenção e tratamento desses problemas de saúde. Assim como os remédios, para cada objetivo temos uma recomendação diferente.
Para o estresse, uma boa sugestão são as atividades de relaxamento, como alongamento e yoga. Além de melhorar a saúde como um todo, ajudam a desacelerar, reduzem a ansiedade e eliminam as tensões do dia a dia, por meio de técnicas que trabalham a respiração, alongamento, automassagem, flexibilidade, concentração e postura.
Sondagem feita pela Euromonitor em 20 países, constatou que o brasileiro é o que mais se preocupa em controlar o nível de estresse. Dentre as pessoas consultadas 61% consideram esse fator muito importante para manter uma boa saúde.
Já para a depressão, as aulas de ginástica e exercícios aeróbicos são mais indicados justamente porque despertam os hormônios da felicidade – endorfina, serotonina, dopamina e oxitocina. As aulas coletivas trazem uma dose extra de alegria e disposição para a rotina, já que a socialização é um fator importante para quem tem depressão. Com o passar do tempo, os resultados estéticos também começam a aparecer e contribuem para a autoestima.
Atualmente, a nossa população é a mais depressiva da América Latina e 13,8% das pessoas que se preocupam com o estresse ainda não fazem nada para controla-lo. Mais importante do que combater esses problemas é tomar providências antes que eles se manifestem.
Seja por meio de medicação, terapia ou tratamentos alternativos, como a atividade física, o resultado é sempre mais efetivo quando o foco é a prevenção. No entanto, para que o exercício tenha esse efeito, é importante que a pessoa identifique algo que realmente goste de praticar. Com isso, ela se mantém regular e sente, de fato, que aquele é um momento de dar uma pausa na correria do dia em prol da qualidade de vida.
(*) Gerente de ginástica da Cia Athletica de Belo Horizonte