Gravidez tardia e infertilidade

08/03/2017 às 21:19.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:40

Marco Melo* 

O planejamento familiar mudou muito com o passar dos anos e diversos casais estão adiando o sonho de se tornarem pais. A decisão de uma gravidez tardia gera uma dificuldade comum de engravidar pelo processo natural. Nos últimos anos, o contínuo desenvolvimento das técnicas de reprodução assistida aumentou a taxa de fecundidade. Conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que 15% dos casais em idade reprodutiva apresentem infertilidade. 

Vários fatores podem influenciar a fertilidade do casal. Os problemas femininos, por exemplo, estão relacionados à ovulação ausente ou irregular, tubas uterinas bloqueadas, anormalidades no útero e endometriose. Já, entre eles, estão as alterações na produção dos espermatozoides, como problemas relacionados à quantidade; dificuldade do gameta se movimentar; ou até mesmo morfologia – quando o espermatozoide não possui um formato adequado para fecundar o óvulo.

A medicina reprodutiva evoluiu muito, garantindo possibilidades, mesmo para os casos mais complicados. A área exige profissionais extremamente qualificados e uma tecnologia de ponta para garantirem resultados cada vez mais eficazes. Tanto os casais com problema de fertilidade, quanto os que deixaram a gravidez para mais tarde e não conseguem engravidar, podem aproveitar as técnicas de fertilização para realizar o sonho de terem filhos.

A evolução diária da preservação da fertilidade tornou as técnicas mais acessíveis e eficazes. Existem diversos processos e cada situação exige uma forma diferente, podendo ser relação sexual programada, inseminação artificial, fertilização in vitro, fertilização in vitro com injeção de esperma, fertilização in vitro simplificada, doação de óvulo, doação de espermatozoide, doação de útero e diagnóstico pré-implantacional (PGD). A definição do tratamento adequado deve ser tomada junto com médico. 

O diagnóstico preciso da infertilidade conjugal, assim como a indicação do método mais adequado, deve ser conduzido por um especialista em medicina reprodutiva. A avaliação do casal inclui uma história clínica detalhada, exame físico e diversos testes diagnósticos específicos para determinarem a origem da infertilidade e a melhor alternativa para tratamento.

(*) Ginecologista e diretor da Vilara – Clínica de Reprodução Assistida

 

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