INAPER

31/08/2017 às 15:14.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:21

Tio Flávio*

Um grupo de voluntários se reúne, três vezes na semana, para dar afeto, atenção e um olhar diferenciado para pessoas que hoje vivem nas ruas de Belo Horizonte. 

O INAPER, Instituto de Apoio e Orientação a Pessoas em Situação de Rua, surgiu após um trabalho de visitas que alguns grupos de amigos e pessoas da igreja faziam às pessoas que vivem nas ruas. Foi quando verificaram que esse tipo de abordagem, apesar de humana, importante e significativa, era apenas o início de uma relação que merecia mais tempo, mais cuidado. Assim, os voluntários perceberam que o que realizavam precisaria ir mais além, caminhar mais algumas milhas.

“Foi nesse momento que surgiu a ideia de termos uma casa de apoio, para entender melhor a complexidade dos problemas que afetam essa parte da população”, explica Angélica Lugon, uma das idealizadoras do grupo.
Do sonho à realidade foram muitas reuniões, planejamento, organização e, enfim, no dia 4 de janeiro de 2015, a casa abriu as portas para receber seus primeiros quatro visitantes, funcionando atualmente no bairro Bonfim, em BH.

Hoje o INAPER funciona às segundas, quartas e sextas pela manhã, para atendimento básico de café da manhã, banho, barba, orientações diversas, além de um atendimento diferenciado e individual, momento em que os voluntários buscam entender o problema de cada um, para que, juntos, possam achar um novo caminho a seguir. As pessoas que manifestam desejo de tratamento da dependência química são avaliadas, acompanhadas e encaminhadas para alguma casa de recuperação. 

Todas as ações desenvolvidas funcionam exclusivamente por meio de voluntariado e doações de amigos, familiares, membros de igrejas e pessoas que acreditam na importância de acolher o próximo. Um exemplo interessante é da empresa que custeia o pão do café da manhã e ainda coloca à disposição, toda quarta-feira, dois funcionários para serem voluntários no INAPER.

“Temos que avançar muito ainda, já que o horizonte é grande. Há necessidade de profissionais que possam nos ajudar, como psicólogos, médicos, dentistas, fisioterapeutas, enfermeiros, professores, assistentes sociais e demais voluntários para o dia a dia, além de recursos financeiros para custear o projeto. E também queremos muito ofertar cursos profissionalizantes”, disse Angélica.

O espaço existe e está aberto para que parceiros possam chegar e trazer ideias que sejam executadas, levando em consideração toda a estrutura de valores que a instituição acredita.

Para conhecer o projeto, entre em contato com inaperbh1@hotmail.com ou na fanpage: /institutoamorquetransforma.

(*) Palestrante, professor, autor de livros e idealizador do Tio Flávio Cultural

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