Minas e Singapura pela educação

23/02/2018 às 18:01.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:32

Fábio Caldeira

 O fato de um país possuir recursos naturais e posição geográfica adequada, o posiciona como país desenvolvido? E aqueles desprovidos dos dispostos acima o colocam em situação de inferioridade? Dois casos emblemáticos: Brasil e Singapura. No nosso caso, somos dotados de condições invejáveis quanto a recursos naturais e posição geográfica. Não obstante desprovida de recursos naturais, Singapura se posiciona atualmente como um país de excelente qualidade de vida, um dos mais altos PIBs per capita do mundo, modelo em combate à corrupção e eficiência governamental.

Uma das causas em destaque é seu sistema educacional. Segundo o PISA de 2015, alcançou o 1º lugar em ciências, matemática e leitura. O sistema de educação de Singapura também está classificado entre os melhores. Uma das premissas é nutrir e motivar o corpo docente, proporcionando treinamento abrangente. O desenvolvimento profissional ajuda a promover uma cultura mais forte de dedicação e excelência. Há preocupação para transformar os ambientes de aprendizagem dos alunos e capacitá-los para ter sucesso. 

Precisamos com urgência de uma verdadeira revolução no nosso sistema educacional. Não podemos mais conviver com estudantes do século XXI recebendo aprendizado com métodos do século XX. Mister é absorver sistemas e modus operandi de quem tem algo efetivamente a ensinar e adaptar as respectivas ferramentas e sistemas às nossas tipicidades e vocações. Nestes termos, uma importante entidade sem fins lucrativos de Singapura, chamada Educare, está apta e interessada a atuar no Brasil, contribuindo no processo de capacitação dos nossos professores dos níveis elementar e secundário, seguindo as diretrizes de aprendizado de irrefutável sucesso daquele país. A Educare tem como direcionamento todo o espectro de serviços, como desenvolvimento profissional de professores, impacto e avaliação, bem como transferência de conhecimento, oferecendo um quadro sólido para a criação de uma estrutura educacional holística, sistêmica, sistemática e sustentável. 

A expectativa agora é em atores políticos e governamentais interessados na formatação da parceria. O tempo urge e o futuro nos espera. Cabe a nós construí-lo da melhor forma.

(*) Master em Ciência Política, Doutor em Direito e ex-ouvidor geral do Estado

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