Os delírios de Manuela D´Ávila

03/07/2018 às 19:07.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:10

Aroldo Rodrigues*


A corrida presidencial já está a todo vapor, as sabatinas já começaram. A pré-candidata Manuela D’Ávila foi a entrevistada do Programa Roda Viva, da TV Cultura, no último dia 25. Para mim, a entrevista foi um termômetro de como será a campanha: comportamento no centro das discussões e as propostas substanciais deixadas à margem. Aumento de arrecadação, retomada do crescimento, por exemplo, estão sendo tratados como assuntos periféricos.

Quando questionada sobre os sucessivos déficits públicos, a candidata argumentou que o problema não está no gasto e sim na arrecadação que é baixa. É o mesmo que um indivíduo colocar a culpa da fatura do cartão de crédito em seu salário: “Não sou eu que gasto muito, meu salário que é baixo”. Não é preciso ser um expert em finanças para perceber que este argumento beira o ridículo. 

Para aumentar a arrecadação (que na ótica da candidata é o problema), Manuela apresenta o investimento estatal como grande solução. Mais uma vez o “ Keynesianismo Tupiniquim” é apontado como tábua de salvação. A candidata deve ter se esquecido de que durante o governo Dilma Roussef tais ações foram colocadas em prática, produzindo como resultado a pior crise econômica da história.

A candidata reforçou seu projeto para melhorar a distribuição de renda, taxando os mais ricos. Até aí este é um ponto que todos concordamos. O problema é que para surtir efeito econômico essa taxação adicional teria que abranger pessoas com rendimentos a partir de R$ 5mil, convenhamos que este é um rendimento de classe média. Ela ainda argumentou que a taxação arrecadaria R$ 200 bilhões anualmente, ora, não é factível uma arrecadação desta monta. Essa é uma proposta infundada, tanto na concepção quanto no efeito, para variar não basta de mais um delírio comunista de Manuela.

O que me conforta é saber da irrisória, quase inexistente, chance de Manuela chegar ao poder. Concordo que as opções para candidato não estão boas, mas só de não termos um (a) presidente como Manuela, já me sinto aliviado.

*Economista, pós-graduado em consultoria empresarial, palestrante e professor universitário
 

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