Sinais indesejados

13/08/2018 às 06:00.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:52

Recentemente, a GQ americana, uma das revistas mais famosas do mundo, trouxe na capa uma imagem que chamou a atenção. Kylie Jenner, personalidade conhecida da família Kardashian, realizou o primeiro ensaio fotográfico acompanhada do namorado, Travis Scott. Além de o casal ser bem conhecido entre os jovens, outro fator gerou comentários na internet e foi notícia: a cicatriz que Kylie tem na perna. Muitos internautas elogiaram a decisão da revista, que optou por mostrar uma celebridade de forma mais humanizada.

Em tempos de redes sociais e imagens perfeitas, é muito curioso que a revista não tenha feito correções na marca. Segundo notícias, a cicatriz é resultado de um acidente sofrido por Kylie, durante uma brincadeira, na infância. Assim como ela, um grande número de pessoas possui algum tipo de cicatriz ou marca no corpo. E, apesar da mensagem de aceitação transmitida por Kylie, a verdade é que nem todo mundo se sente confortável com as marcas, e muitos buscam ajuda médica para resolver o problema. De fato, cicatrizes podem abalar a autoestima e fazer com que o paciente evite usar certos tipos de roupa e frequentar lugares em que a exposição é inevitável, como praias e clubes.

Felizmente, apesar de não ser possível apagar uma cicatriz, existe uma gama de tratamentos que minimizam as marcas e melhoraram a qualidade de vida e autoestima dos pacientes. 

Malhas compressivas são muito usadas em cicatrizes extensas, principalmente após queimaduras. Curativos oclusivos, como placas e géis de silicone, também são muito usados. Podem ser associados, em alguns casos, a medicamentos injetáveis, como os corticoides, que são aplicados em intervalos definidos pelo especialista. Laser e luz pulsada também estão entre as opções, melhorando o eritema (vermelhidão) e a dureza das marcas, tornando a cicatriz final menos aparente.

O microagulhamento, utilizado para rejuvenescimento facial, também pode ser usado no tratamento de diversos tipos de cicatrizes, incluindo marcas de acne. Para casos de cicatrizes associadas a contrações, é possível recorrer à cirurgia: diversas técnicas são utilizadas durante o procedimento para melhorar os sintomas.

Até mesmo a radioterapia, utilizada no tratamento do câncer, pode ser usada para reduzir as recorrências de queloides, após cirurgias. Esses são apenas alguns dos tratamentos disponíveis dentre uma gama de opções. Só o profissional poderá avaliar caso a caso e recomendar o mais indicado.
Importante salientar que todo tratamento deve ser feito por um médico dermatologista ou cirurgião plástico.

Você pode verificar se o médico é especialista nos sites da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) ou Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Além disso, consulte o site do Conselho Regional de Medicina (CRM) para verificar se o profissional possui o Registro de Qualificação de Especialista (RQE), uma garantia de que ele passou por uma formação e foi aprovado na prova de título de especialista. 

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