José Roberto Securato Junior*
Um estudo recente da Revista Science Advances, constatou que, em média, nós brasileiros vamos para a cama por volta de 23h40. Levando-se em consideração que a maioria sai do trabalho às 18h, estamos falando de seis horas livres por dia. Em um ano, são mais de duas mil horas, ou melhor, 91 dias. Por isso, uma pergunta: O que você faz nessas horas? Espero que a resposta não seja trânsito, jantar em frente à TV, novela/Netflix e cama todos os dias.
Gastamos boa parte do dia com o trabalho, é importante estar satisfeito com sua carreira. Se você não está talvez seja melhor utilizar essas seis horas livres para investir em você.
Pensando nisso, a primeira coisa que me vem à mente é saúde. Para a mente estar saudável, o resto do corpo também deve estar. Revigore corpo, mente e aumente a autoestima.
Estude muito. O processo de aperfeiçoamento não tem fim e fica mais intenso quando o ensinamos. Com base nisso, vamos para outro ponto importante.
Leia mais, audiobook também vale. A leitura pode ser diversificada. Os últimos livros que eu ouvi foram sobre a China, bomba atômica, romance, crise de 1929, e assim vai...
Coloque a mão na massa. O mundo está lotado de ideias boas, algumas ótimas. Dê o primeiro passo. Tenha discernimento, às vezes é importante pensar e decidir, mas em outras é importante pensar menos, arregaçar as mangas e se arriscar. Também acho relevante promover o compartilhamento de ideias e projetos, além de participar de associações importantes do segmento atuante.
Para finalizar e comprovar que o equilibro é a base de tudo, aprenda também a relaxar. É fundamental saber se desligar após um dia cansativo ou estressante de trabalho.
Não sejamos radicais, você pode reservar boa parte daquelas seis horas diárias para não fazer nada. Mas cada hora que você não gastar no sofá vai se acumular ao longo do tempo, e te fará mais forte, mais preparado, e com uma rede de relacionamento melhor.
O resultado será visível e pode mudar a sua vida. Você é a solução para sua carreira, use o tempo a seu favor.
(*) Vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo e professor da Saint Paul Escola de Negócios