Vamos aguardar

02/04/2018 às 18:44.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:08

Se há algo que aprendi trabalhando todos estes anos no esporte, é que final de Campeonato Mineiro é jogo de 180 minutos. Quando envolve o superclássico entre Atlético e Cruzeiro, esta certeza só aumenta.

No último domingo (01), o Galo levou a melhor e goleou a Raposa por 3 a 1 no Independência. O time alvinegro reverteu a vantagem? Sim! Há algo decidido? Não. É preciso ir com muito pé no chão e consciência que o jogo só está ganho depois que juiz apita. A partida de volta, no próximo domingo (8), no Mineirão, será um novo jogo, com um novo ambiente e outra condição.

A postura do Cruzeiro no jogo de domingo foi irreconhecível, apática, decepcionante. Tudo que poderia dar errado, deu. A melhor defesa da competição, que até então só tinha tomado dois gols, levou três em um intervalo de 12 minutos. E um detalhe: três gols de bolas paradas. É difícil tentar explicar o que aconteceu! Henrique, Egídio, Robinho: impossível falar quem estava mais perdido em campo. Mas isso é motivo de desespero? Claro que não! Aquilo que estava quase perdido foi amenizado com o gol do Arrascaeta. O uruguaio fez o gol que tirou a corda do pescoço do cruzeirense.

Outro ponto que precisa ser revisto pelo técnico Mano Menezes é sobre algumas escolhas. Sei que Rafinha fez um ótimo início de temporada, mas não acho que hoje ele mereça a titularidade. Assim como não entendo todo o esforço do departamento médico em recuperar o Dedé para deixá-lo no banco de reservas em uma final de campeonato. Nos únicos dois jogos decisivos do Cruzeiro nesta temporada, a zaga tomou sete gols: quatro contra o Racing e três do Atlético. Algo está errado! Vejamos o que o treinador irá fazer para o jogo de volta!

Com a vitória do Atlético, a situação para a próxima partida é a seguinte: o Atlético pode perder por até um gol de diferença, que ainda assim fica com o título estadual. Já o Cruzeiro, precisa vencer por dois gols de diferença para levantar a taça.

O Atlético não fez apenas três gols no primeiro tempo. O técnico Thiago Larghi fez muito mais que isso: soube dominar a partida e usar os erros (muitos!) do adversário. O Galo estava com clima de clássico, vontade de ganhar. É isso que fez a diferença!

No Mineirão, nada está definido. Se o Galo entrar em campo, achando que é favorito e que está tudo ganho, o Cruzeiro pode fazer aquilo que o time alvinegro fez no Horto e reverter o placar. Por outro lado, se o time celeste não levantar a cabeça e mudar a postura, o desastre pode ser ainda maior. Todo ano é a mesma história: ninguém se importa com estadual, a torcida o chama de Rural e tudo mais, mas se perde o título, a crise chega.

Como diz Adilson Batista: “Vamos aguardar!”.

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