O pênalti defendido pelo goleiro Rafael, no final da vitória de 1 a 0 do Cruzeiro sobre o Vitória, no Barradão, em Salvador, resultado que deixa o time de Mano Menezes seis pontos à frente da zona de rebaixamento, é a marca principal de que não será mais fácil a vida de Fábio no clube.
Ele segue como uma das lideranças do grupo, tem o respeito de todos, mas o goleiro que ocupa a sua reserva há quase uma década, entrou no time, com a sua contusão, provando que está totalmente pronto para ser titular do Cruzeiro.
Rafael tem chamado a atenção há muito tempo. Mas sempre é bom se esperar uma sequência de jogos para se ter uma opinião mais concreta de um bom jogador. E o Ábila está aí para provar isso, pois não é aquilo tudo que chegou a ser, nem é apenas um perdedor de gols, como também já pareceu. É um bom centroavante.
Mas falando do Rafael, o que impressiona é a tranquilidade que o Cruzeiro ganhou na bola aérea em sua área. O que era um trauma, tem sido muito menos tenso. E graças ao camisa 12.
No futebol brasileiro temos muitos casos de goleiros reservas que desbancaram os titulares, que eram ídolos, como acontece agora no Cruzeiro. Marcos com Veloso e Rogério Ceni com Zetti são os exemplos mais significativos.
Fábio merece todo o respeito e gratidão por parte do Cruzeiro. Ele é o jogador que mais vestiu a camisa do clube. Por isso, quando estiver de volta, com certeza, Rafael, que virou a solução para o gol cruzeirense com a contusão do titular, vai se transformar num problema, pois sua hora de jogar chegou.
Fundamental
A suada vitória em Salvador não é a salvação do Cruzeiro na sua luta contra o rebaixamento. Mas, sem dúvida, foi um passo muito importante. Falta pouco para o pesadelo passar. Mas as seis partidas finais estão longe de ser fáceis. Por isso, ainda há muito o que o cruzeirense sofrer.
Galo vivo
O Atlético entrou em campo ontem, no Independência, para encarar o Figueirense, com a obrigação de vencer. E chegou aos três pontos. Isso era o mais importante. Mas os 3 a 0 do placar não refletem, assim como já tinha acontecido contra o América, o que foi a partida.
O Galo cola no vice-líder Flamengo, apenas um ponto à frente do seu próximo adversário no Brasileirão, sábado que vem, no Mineirão. Mas o time de Marcelo Oliveira segue mostrando uma fragilidade que o impede de fazer valer sua superioridade técnica diante de adversários mais fracos. Contra o Figueirense, isso só aconteceu após a expulsão infantil do zagueiro Werley.
É um problema que precisa ser resolvido, pois cada dia mais tenho a convicção de que o sucesso atleticano é muito mais fruto da qualidade do seu time, que do trabalho da comissão técnica.
E na Copa do Brasil, um dia ruim, uma atuação desastrosa, são fatais. E o Galo tem o melhor grupo entre os semifinalistas.