‘Acordo com Estado está fechado’, diz Bernardo Paz

22/02/2018 às 20:37.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:31

Após cerca de oito meses de negociações, o empresário Bernardo Paz, idealizador do museu do Inhotim (em Brumadinho), diz ter fechado acordo com o Estado de Minas Gerais para repassar parte do acerco do local ao governo.

Paz deve ao Estado cerca de R$ 150 milhões. Solicitou adesão ao Regularize, um programa de,  como o nome diz, regularização de débitos tributários.

O acervo de Paz está orçado em R$ 170 milhões. “Não ligo para o valor, quero pagar minha dívida”, afirmou o empresário. “O acordo com o Estado está fechado”, garantiu, sem informar se havia ou não assinado o acordo, uma formalização necessária em qualquer tipo de adesão a programas de regularização tributária. “Esses processos com o governo são morosos. É muita burocracia”, completou.

Perguntei a ele então como andava a situação financeira. Paz respondeu com uma pergunta: “e como está a sua?”.
Então respondi: “deve estar pior que a sua”. No que o empresário disse: “somos todos iguais”.

O governo mineiro não informou em que pé andam as negociações com o empresário. O acervo que Paz ofertou ao Estado possui obras como as da artista plástica Adriana Varejão. Os bens, imobilizados, terão que ficar sob a tutela do Inhotim. Paz disse que doou o terreno ao Instituto.

O empresário passa por problemas não só financeiros. Foi condenado a nove anos e três meses de prisão, em regime semiaberto. Ele é acusado pelo Ministério Público Federal de Minas Gerais de lavar dinheiro de empresa que foi sócio. A defesa nega os fatos e recorreu da decisão da Justiça.
Paz e a irmã são acusados de, em 2013, quando eram proprietários da Itaminas, lavagem de ativos escondendo a natureza e origem de recursos oriundos de sonegação tributária, cometida, em tese, nos anos de 2007 e 2008.

A Itaminas foi vendida por R$ 1,2 bilhão. Paz responde a vários processos na Justiça.

PSDB

A pressão do PSDB para que o senador Antonio Anastasia saia candidato ao governo de Minas esconde a sobrevivência política de deputados federais e estaduais. Sem Anastasia, o partido terá que decidir se lança um nome, que não será natural nem terá capacidade de puxar votos para a chapa proporcional. Ou ainda se compõe chapa com outros pré-candidatos. Na próxima semana, as bancadas reúnem-se para tratar do assunto.

  

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