Cemig corta investimentos pela metade para 2018

05/10/2017 às 15:16.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:05

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) reduzirá em 53% os investimentos que fará no próximo ano, em comparação com 2017. É o que consta no projeto de Lei Orçamentária Anual, enviada pelo Estado à Assembleia Legislativa. Como é o maior acionista e controlador da Companhia, o Estado tem que informar valores de investimentos da empresa. 

Somadas, Cemig Distribuidora, Cemig Geração e Transmissão e Cemig Holding investirão R$ 3,15 bilhões em 2018. No orçamento deste ano, estavam previstos investimentos da ordem de R$ 6,69 bilhões. Mas foi justamente em 2017 que a Companhia, a maior dentre as controladas pelo Estado, perdeu quase metade da capacidade de geração. O reflexo da queda no investimento pode ser explicada pelo perda das quatro usinas hidrelétricas: São Simão, Miranda, Jaguara e Volta Grande. É justamente a Cemig Geração que mais reduziu investimentos. Em 2017, foram R$ 3,62 bilhões, conforme previsão orçamentária. Já para 2018, o valor caiu para R$ 317,11 milhões. 

Dentre as controladas pelo Estado, a Copasa seguirá caminho inverso ao da Cemig. Se neste ano a previsão de investimentos foi de R$ 1,15 bilhão, para o próximo ano será de R$ 1,25 bilhão. 

“Os recursos da Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig, da Cemig Distribuição S/A, da Cemig Geração e Transmissão S/A e da Companhia de Saneamento de Minas Gerais – Copasa, representam 92% do total do orçamento de investimento das empresas controladas pelo Estado, aplicando esses valores em ações como de manutenção da infraestrutura, expansão e aquisição do sistema de transmissão de energia elétrica, reformas, construção e aquisição de usinas, reformas de subestações e linhas de transmissão e universalização dos serviços de saneamento”, explica o secretário de Planejamento, Helvécio Magalhães, em ofício encaminhado à Assembleia Legislativa, responsável pela aprovação da proposta. 

A queda nos investimentos da Cemig puxou a retração dos recursos que serão aplicados pelas controladas pelo Estado no ano que vem. A retração será de R$ 3,52 bilhões. Em 2017, todas as empresas investiram R$ 8,31 bilhões e para 2018 a quantia será de R$ 4,79 bilhões. 

Pelas que terão aumento nos valores, ganha destaque o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), que terá mais dinheiro para emprestar em 2018, um ano eleitoral. Terá R$ 57,76 milhões. Neste ano, a quantia somou apenas R$ 5,47 milhões. 

Gerdau

A Gerdau anunciou que assinou contrato para venda de 100% de sua operação no Chile para os grupos familiares chilenos Matco e Ingeniería e Inversiones. 

Os ativos incluídos na venda são unidades industriais de aços longos, com capacidade anual instalada de aço de 520 mil toneladas. O valor econômico da transação corresponde a US$ 154 milhões. A conclusão da transação ainda depende da aprovação do órgão de defesa de concorrência chileno.

Conforme a empresa, esse movimento está alinhado ao processo de otimização de ativos da Companhia, com foco em rentabilidade e na redução de sua alavancagem financeira. 

  

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