Com a entrada de Dilma, oposição pressiona por chapão

09/04/2018 às 21:32.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:15
 (Divulgação)

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A entrada na cena política mineira da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) intensificou na oposição a pressão para que os pré-candidatos ao governo unam-se em um chapão. No último fim de semana, o cenário foi tema de diversas ligações e rodas de bate-papo. 

Foi assunto debatido, por exemplo, no aniversário do deputado Felipe Attiê, que reuniu os pré-candidatos Dinis Pinheiro (Solidariedade), Antonio Anastasia (PSDB) e Rodrigo Pacheco (DEM). O ex-governador Alberto Pinto Coelho também opinou. 

O PSDB deseja montar uma chapa que tenha Anastasia na cabeça, Dinis Pinheiro de vice e Rodrigo Pacheco e Marcio Lacerda (PSB) na disputa pelo Senado. 
O problema está em convencer todos eles a desistirem das empreitadas já formuladas pelos partidos. Todos querem disputar o cargo de governador. 

No DEM, caciques do PSDB procuraram o presidente da Câmara e articulador da pré-candidatura de Pacheco, Rodrigo Maia. Por enquanto, não existe sinalização positiva da desistência da candidatura própria. Pacheco acredita que é um nome viável, por representar uma via alternativa. O mais irredutível de todos e adepto do mesmo argumento é Marcio Lacerda. O socialista está animado com as pesquisas de intenção de voto, que colocam-no na segunda posição. 

Já Dinis Pinheiro já teria desistido. Almeja a vaga de pré-candidato ao Senado, mas, conforme aliados, poderia cedê-la para Pacheco ou Lacerda. Caso ambos resistam às pressões e mantenham-se na corrida ao Palácio da Liberdade, a vaga de segundo candidato ao Senado seria de Alberto Pinto Coelho. 

Existe discordância quanto às avaliações sobre a entrada de Dilma na disputa. Mas a maior parte das lideranças com quem conversei, tanto da oposição quanto da situação, acredita que ela terá peso na chapa de Pimentel.

Pesquisas encomendadas pelo PT mostram que a ex-presidente é forte concorrente. Por isso, há o rumor de que ela possa influenciar também a eleição de Pimentel, tendo a figura de Lula como apelo extra na corrida. 

Mas existe um ingrediente a ser considerado: quando a campanha começar, será uma guerra de acusações entre PT e PSDB. O Twitter de algumas lideranças já reflete o que está por vir. Porém, o eleitor já não teria dado demonstrações de que deseja evitar exatamente essa guerra? Teria mais chances aí aqueles que não possuem amarras, que se colocam como “de centro”.


Por isso, não é fácil convencer Pacheco e Lacerda a desistir. Mas, como diria Magalhães Pinto: “Política é como nuvem. Você olha e está de um jeito. Olha de novo, e ela já mudou”.
 

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