Dilma e algozes do MDB no mesmo palanque

18/07/2018 às 21:16.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:29

Como diria Magalhães Pinto: “política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”. Se a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) fizer política “com o cérebro”, não com o “fígado” (tomo emprestada a famosa comparação de Ulysses Guimarães), certamente não se importará em ter ao lado, na chapa, emedebistas que contribuíram para sua derrocada. 

O MDB mineiro está cada vez mais próximo ao PT. Até mesmo os adversários dos petistas já dão como certa a aliança entre as partes. 

O único problema é o constrangimento. A bancada federal do MDB é quem mais pressiona por uma aliança com o governador Fernando Pimentel (PT), que buscará a reeleição. Pela costura que se faz, até o momento, os emedebistas escolheriam as vagas de vice ou de senador para a disputa. Além disso, estariam coligados em chapas proporcionais com os petistas (a intenção primordial). 

Conforme o desenho, Dilma seria a primeira candidata ao Senado, um emedebista poderia ocupar a segunda vaga e Pimentel, o candidato à reeleição. Sabe aquela foto que os candidatos a deputado costumam tirar com o candidato a senador e o postulante ao Palácio da Liberdade? Será que seria feita? 

A bancada mineira do MDB apoiou o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Agora, precisa do PT para aumentar ou manter a o número de deputados federais e estaduais. 

“Não temos nada com a Dilma. Não vai ter palanque nessas eleições, não tem comício”, afirmou o vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho, um dos emedebistas que votou “sim” à saída de Dilma da Presidência da República. Ele argumenta que, neste pleito, está proibido o comício, então, não subiriam no mesmo palanque. Quando questionado se estaria nos mesmos eventos políticos que a petista, ele desconversou. “Estamos estudando a melhor maneira de termos uma bancada maior. Não descartamos a aliança com o PT”, reiterou. 

Os petistas ligados a Pimentel estão de olho no tempo de televisão do MDB, cerca de dois minutos, o maior deles. E também na capilaridade do partido. Para que a aliança seja concretizada, depende ainda de um aval nacional, já que o MDB tem candidato a presidente: Henrique Meirelles. E o PT também terá: alguém que substituirá o ex-presidente Lula. 

Caixa-preta codificada

Durante a campanha eleitoral, uma das principais promessas do então candidato a prefeito de Belo horizonte, Alexandre Kalil (PHS), era a de abrir a caixa-preta da BHTrans. O que equivale a fazer uma auditoria nos contratos com prestadores de serviço de transporte coletivo de Belo Horizonte para saber como é composto o preço da passagem de ônibus. 

Mais de um ano e meio após assumir o posto, Kalil ainda não conseguiu realizar a façanha prometida. Ontem, a BHTrans informou que está no caminho. Porém, ele ainda pode ser longo. A empresa anunciou que anunciará, em breve, o desfecho para o caso. A explicação: são mais de 5 mil documentos para a análise. 




 

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