As estratégias para as eleições presidenciais deste ano levam em conta um país altamente polarizado. Por isso, alguns analistas (que costumam não errar) dizem que este será um pleito de três turnos. Conforme as análises, irão para o segundo turno um candidato da direita e outro da esquerda. Pensando nisso, Jair Bolsonaro (PSL), se quiser ir ao segundo round oficial, terá, primeiro, que vencer Geraldo Alckmin (PSDB). Os dois são os candidatos da direita mais bem posicionados nas pesquisas de intenção de votos. O mesmo pensamento vale para a esquerda. O primeiro adversário de Fernando Haddad (PT) é Ciro Gomes (PDT), e vice versa. Por isso, os dois campos terão uma primeira batalha antes, para credenciarem-se ao segundo turno. Com o país dividido, os eleitores não tendem a mudar drasticamente de campo ideológico. Se Alckmin conseguir passar à frente Bolsonaro, estará no segundo turno. Caso Ciro fique melhor colocado que Haddad, também vai à última rodada. Ou seja, conforme analistas, é baixa a probabilidade de termos dois candidatos do mesmo campo ideológico no segundo turno. Por exemplo, Alckmin e Bolsonaro não irão juntos à próxima fase da batalha. Por isso, os estrategistas das campanhas focarão nos primeiros adversários. E foi pensando justamente nesta estratégia que o ex-presidente Lula (PT) comandou o esvaziamento da campanha de Ciro Gomes. Lula atuou para que o pedetista não tivesse uma ampla aliança, que o desse maior tempo de televisão e mais capilaridade nos estados. Foi por meio do PT que o PSB fechou acordo nacional para não caminhar com Ciro, ficando neutro na disputa nacional. E os petistas sabem que o candidato do partido será mesmo Fernando Haddad. Há uma discordância sobre o momento de encampar o nome de Haddad, deixando o de Lula. Já no campo da direita, Alckmin posicionará-se como candidato sério e que tem entendimento sobre temas econômicos, um contraponto ao estilo Bolsonaro. O tucano precisa desidratar a candidatura do deputado federal para crescer. LacerdaO pré-campanha de Marcio Lacerda (PSB) ao governo de Minas vai inaugurar comitê de campanha na próxima segunda-feira. O local escolhido foi um imóvel na avenida Raja Gabaglia. Marcio está mesmo disposto a seguir em frente com a campanha. Caso consiga vencer a disputa jurídica junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pode ir ao segundo turno, conforme bastidores do mundo político. HomenagemA Associação Comercial de Minas Gerais decidiu ontem, com atuação do presidente Lindolfo Paoliello, prestar homenagem ao empresário Humberto Mota, presidente e Chairman da Dufry do Brasil. A homenagem será no dia 4 de setembro. Na ocasião, Mota ministrará palestra sobre economia e comércio exterior. O empresário já esteve na diretoria da ACMinas e também tem passagem pela Associação Comercial do Rio de Janeiro, por dois mandatos, de 1993 a 1997.