O vice-governador Antonio Andrade (MDB) discutiu com o senador Romero Jucá, presidente nacional do partido dele, a possibilidade de proibir alianças da legenda com o PT nos estados. O assunto foi alvo de diversas manifestações, no ano passado, quando o MDB decidiu simplesmente não decidir sobre a questão, tendo em vista pedido de lideranças de alguns estados (como Minas). Porém, o tema retornou à baila com a proximidade das eleições.
A aliados, Andrade garantiu que Jucá vetará a junção em um mesmo palanque do MDB com o PT. A conversa deu-se em Brasília na última sexta-feira.
Minas Gerais é um dos casos mais emblemáticos para o partido. Por aqui, o MDB é a principal sigla que apoia a gestão do petista Fernando Pimentel, pré-candidato à reeleição. Mesmo garantindo que terá candidatura própria, um grupo de emedebistas conversa com Pimentel para viabilizar a manutenção da dobradinha. O diálogo ficou prejudicado com a entrada em cena da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), postulante à vaga de senadora. É que o principal aliado do governador no MDB, o presidente da Assembleia, Adalclever Lopes, também quer disputar a vaga. As chances dele ficam reduzidas com Dilma no páreo, avaliam interlocutores.
Foi aproveitando justamente esse desgaste que Andrade recorreu a Jucá, de novo. O vice-governador e Pimentel não se dão há algum tempo. Andrade é defensor do rompimento da aliança e de alçar voo solo. Ou apoiar outro candidato. Por ironia do destino, caso Jucá proíba aliança com o PT, se não lançar candidato próprio, o MDB poderá apoiar partidos aliados no âmbito nacional. E aí situa-se o Democratas de Rodrigo Pacheco. O deputado federal saiu do MDB justamente porque quer disputar o Palácio da Liberdade e não aceitava a possível reedição da aliança com Pimentel. É mais um capítulo da ainda indefinida corrida ao governo de Minas!
No Japão
Também pré-candidato ao governo de Minas, o senador Antonio Anastasia (PSDB) está em viagem oficial para o Japão.
Usiminas
A Usiminas retoma hoje as operações do alto-forno 1, em Ipatinga, no Vale do Aço, com anúncio de 120 empregos para a manutenção do equipamento. Para simbolizar a retomada, a empresa preparou evento com a presença dos principais acionistas e lideranças da região.
Foram gerados 600 empregos temporários na fase de obras do alto-forno.