PSDB quer explorar “choque de gestão” para duelar com Pimentel

21/07/2017 às 15:13.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:41

Mesmo com pesquisas de intenção de voto para o governo de Minas Gerais em 2018, encomendadas por alguns partidos, apontando vantagem para o governador Fernando Pimentel (PT), os tucanos acreditam ser melhor polarizar a sucessão com ele que tê-lo fora da disputa. 

Conforme levantamentos qualitativos dos tucanos, há espaço para confrontar a administração petista com as gestões do PSDB (Aécio Neves e Antonio Anastasia) e PP (Alberto Pinto Coelho). O “choque de gestão” de Aécio, conforme os levantamentos, não é mal avaliado. Daí a ideia é ter um candidato capaz de representar propostas de gestão como alternativa à crise financeira, com parcelamento de salários, vivenciada na era petista. Poderia até ser recriado um programa como o “choque de gestão”, com outro nome. 

Por isso, parte do PSDB acredita ser melhor disputar com Pimentel que com outro candidato. 

Quanto ao nome a encampar a estratégia, ainda não foi definido. Os tucanos estão de olho nas movimentações do PMDB. Metade da bancada federal nutre simpatia pelo nome do deputado federal Rodrigo Pacheco (PMDB). O peemedebista ganhou os holofotes após presidir a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, quando o processo contra o presidente Michel Temer, do mesmo partido, passou por lá. 

Hoje, a bancada estadual do PMDB está alinhada ao presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes, que defende a manutenção da aliança com o PT, pela reeleição de Pimentel. Porém, até o PT sabe que, para o PMDB, mudar de lado não é algo impossível. Hoje, os peemedebistas estão com o governador, mas, a eleição é só no ano que vem...Também existe o cenário em que Pacheco mude de partido, indo para uma legenda alinhada ao PSDB, e lance candidatura com o apoio tucano e de legendas alinhadas.

Os tucanos ainda contam com a opção pelo ex-presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro, que já percorre o interior.
O PSDB ainda trabalha com o cenário em que o governador saia do jogo, caso seja afastado do cargo pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em decorrência da denúncia no processo da Operação Acrônimo. Porém, os tucanos, hoje, preferem Pimentel como adversário. 

Já o PT não tem plano B. A única alternativa é a aposta pelo interior na reeleição do governador. Os petistas acreditam que o STJ não analisará o pedido do Ministério Público para que aceite a denúncia contra Pimentel e o afaste do cargo até o próximo pleito. 

Para contrapor os tucanos, o governador conta com os servidores e os rincões. Apesar de ter parcelado salários, Pimentel acredita ter mais a simpatia do funcionalismo que os líderes do PSDB. 
Pelo interior, o governador trabalha com a estratégia da popularização do mandato. Assim, se Pimentel for mantido no cargo, poderemos ter uma eleição polarizada.

  

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