PT e PSDB apostam na polarização em Minas

22/06/2018 às 16:32.
Atualizado em 10/11/2021 às 00:55

Com a proximidade das convenções para a escolha de candidatos que concorrerão nestas eleições, já fica claro o cenário que será colocado à disposição do eleitor. A maior parte dos partidos políticos já tem um norte. No pleito pelo Palácio da Liberdade, PT e PSDB apostam na polarização. Avaliação de ambas as partes é a de que os pré-candidatos da terceira via não terão tempo de televisão necessário e nem são conhecidos o suficiente para galgar um posto no segundo turno.

O PSDB vai de Antonio Anastasia. Os tucanos começam a idealizar a equipe para a campanha e apostam em nomes apontados pelo grupo ligado a Anastasia, deixando de fora aqueles que tinham ou têm proximidade com o senador Aécio Neves (PSDB).

Aliás, a grande preocupação tucana é se o eleitorado vai associar o senador a Aécio. Anastasia foi vice do hoje colega de Senado e seu secretário. Começou na política graças ao convite de Aécio, para integrar o primeiro time do então governador. Mas conseguiu alçar voo solo. Os adversários tentarão ligar ambos, lembrando as denúncias de corrupção que atingiram Aécio. A equipe de Anastasia terá a tarefa de mostrar ao eleitor que não existem denúncias contra o pré-candidato, dissociando-o dos atos imputados pelas autoridades a Aécio. 

Já os petistas creem que será Anastasia o maior adversário de Fernando Pimentel. Na campanha pela reeleição, o petista terá que responder às acusações que enfrenta na operação Acrônimo (todas elas de corrupção) e ainda lidar com o atraso de repasses a municípios e insatisfação de servidores públicos, que recebem os salários de forma escalonada. Pimentel tentará fugir das adversidades atacando medidas impopulares do governo de Michel Temer (MDB), como a reforma trabalhista. Resta saber se o eleitor terá discernimento para entender que essas questões nada tem relação com o papel de um governador. 

Para petistas e tucanos, Marcio Lacerda (PSB) não conseguirá partidos e, por consequência, tempo de televisão suficientes para ir ao segundo turno. Isso porque essa eleição terá tempo de duração menor. Já Rodrigo Pacheco (DEM) tem um alto nível de desconhecimento e enfrentará o mesmo problema de Lacerda. 

Porém, é justamente na polarização que reside a grande chance de Pacheco e Lacerda, conforme entendimento de aliados de ambos. A aposta é a de que o eleitor está “de saco cheio” de PT e PSDB, sobrando para um candidato alternativo. 

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