PT lança Lula candidato em Minas

31/05/2018 às 21:56.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:22

O Partido dos Trabalhadores escolheu Minas Gerais para lançar a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva (PT) à Presidência da República. Será no domingo, dia 10 de junho. É o sinal do PT de que, até as convenções, no fim de julho e início de agosto, a legenda não tratará de outro nome, a não ser o de Lula.
A insistência durará até que tribunais superiores vetem Lula nas urnas. Assim, o PT espera pegar carona na insatisfação nacional, incendiada com a greve dos caminhoneiros.

São esperadas em Belo Horizonte as lideranças nacionais da legenda, como a senadora Gleisi Hoffman. O governador Fernando Pimentel (PT) pretende ir na esteira de Lula para tentar um segundo mandato em Minas.

Lula mantém popularidade
Conforme o Barômetro Político medido pelo Ipsos em maio, ele manteve seu alto índice de aprovação, com 45%. Lula é o melhor avaliado entre os 21 nomes monitorados. A condenação e a prisão, que completou um mês em 7 de maio, não abalaram a imagem do político. No levantamento de abril, ele tinha 42% de aprovação.

“Lula deixou o governo com aprovação alta e a memória afetiva de quem votou nele permaneceu positiva. Isso reflete não somente a força da imagem de Lula, mas também o vácuo de lideranças dentro e fora do PT”, avalia Danilo Cersosimo, diretor de Ipsos Public Affairs.

O juiz Sérgio Moro foi o segundo com maior aprovação (40%), seguido pelo ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa (37%), que desistiu da candidatura à Presidência no início de maio. Os dois fazem parte do seleto grupo que possui aprovação acima de 20%. Compõem essa lista a ex-ministra Marina Silva (Rede) com 30% de aprovação, a ministra do STF Carmen Lúcia com 25% e o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) com 23%.

Entre os pré-candidatos, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) possuem aprovação de 17%. O ex-prefeito João Dória (PSDB) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso são os últimos da lista de 21 nomes que possuem índice de aprovação com dois dígitos: 14% e 13%, respectivamente.

Petrobras
Em audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas, para discutir a greve dos caminhoneiros, representantes de sindicatos ligados à Petrobras informaram que, de julho de 2016 a abril de 2018, a Petrobras promoveu 216 reajustes da gasolina e do óleo diesel. Nos últimos 30 dias, os aumentos foram quase diários. Houve questionamentos quanto à política de preços da Companhia.

O que passou desapercebido foram os impostos estaduais, responsáveis, por exemplo, por 31% da composição de preços da gasolina.

O que não se fala ainda é que, no governo Dilma, os preços só eram baixos porque foram represados, impondo custos à empresa. Os consumidores parecem ter se esquecido também do caso Pasadena. Quando Dilma Rousseff foi presidente do Conselho da Petrobras, em 2006, a empresa comprou a refinaria. Uma operação com altos custos para a petroleira e que foi alvo de um dos maiores escândalos vistos no país. 
 

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