Ecológico e escatológico

27/09/2016 às 19:01.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:00

Cocô de vaca ou titica de galinha: estas são as duas novas fontes alternativas de energia para movimentar o automóvel.

A Itaipu está desenvolvendo um projeto piloto onde cocô e titica são jogados em um tancão chamado biodigestor, que produz um gás que pode ser utilizado de duas formas. Na primeira, ele aciona um gerador de energia elétrica que carrega a bateria do carro elétrico. Na segunda, ele é filtrado e então transformado em biometano, de propriedades e características semelhantes ao do GNV (gás natural veicular) que já existe nos postos de abastecimento. Além do mais, essa operação é ecológica (ou escatológica...), pois os resíduos do cocô e da titica podem ser processados e transformados em fertilizantes para lavoura. E o custo do quilômetro rodado do automóvel abastecido com biometano é muito competitivo: bem menor que o custo do quilometro com GNV, que, por sua vez, custa a metade (ou menos) que o etanol ou gasolina. 

Por outro lado, animais e carros nem sempre combinam...

Cachorro pode ser o melhor amigo do homem, mas não do automóvel. De repente você para com o pneu furado, vai trocar a roda e não consegue retirá-la de jeito nenhum. Parafusos ou porcas todos devidamente retirados, mas a roda continua firme no lugar, parece que passaram cola. Sabe por quê? Provavelmente foi o melhor amigo do homem que confundiu roda com poste e fez xixi nela. Como a urina é ácida, provoca oxidação que gruda a roda em seu suporte. E exige um grande esforço para sacá-la.

Tem também o carro que dá uma pane elétrica e ninguém sabe o que aconteceu. Até se descobrir que ratos adoram o plástico que envolve os fios. E roeram vários deles. Mas não ponha gatos para espantar os ratos, pois estes felinos adoram o capô quentinho quando você chega em casa e vupt pra cima dele, para aproveitar o calor e também riscar a pintura com as unhas de suas graciosas patinhas.

Finalmente, passarinho que canta tão bonitinho, adora fazer um cocozinho em cima do automóvel. A acidez do cocozinho é suficiente para danificar a pintura: se não for logo removido e aplicado um polimento caprichado, pode se preparar para um estrago no carro e no saldo bancário.

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