As categorias de carros mudam com os tempos. Quem falava em utilitário esportivo há 15 anos? O que mais se aproximou com este conceito no Brasil foi a Rural Willys, há mais de 50 anos... e foi quem, por acaso, deu origem ao Jeep Cherokee nos EUA, o primeiro SUV do mundo. Depois não se falou mais nisso até que a moda surgiu no mundo.
Assim como o Ford Ecosport foi o pioneiro no Brasil nesta categoria, a Renault também inovou com o Logan, o primeiro sedã com preço de compacto mas dimensões de médio. Seu espaço interno pode ser comparado com o do Corolla, Civic ou Focus.
Assim como a Ford abriu os olhos dos concorrentes para o SUV (o primeiro concorrente do Ecosport foi a Renault, com o Duster, quase dez anos depois), a Renault alertou outras fábricas para o acerto de produzir um médio com preço de compacto.
Se o consumidor quer um automóvel capaz de levar com relativo conforto toda a família (cinco pessoas) mas não tem condições de pagar por um sedã médio, o Logan é a solução, pois não oferece todos os mimos eletrônicos e acabamento mais refinado, mas tem espaço de sobra, tanto internamente como no porta-malas.
O Renault Logan foi o primeiro de uma série de sedãs com razoável espaço interno, porém vendidos a preço de compacto. Logo depois surgiram o Chevrolet Cobalt, Fiat Grand Siena, e Nissan Versa. Quem ainda não lançou um modelo com estes atributos está perdendo mercado. A Volkswagen é uma das fábricas que não acompanharam estas evoluções de mercado: não produz no Brasil nem utilitário esportivo nem um sedã para concorrer com o Logan. A Fiat marca presença discreta com o Grand Siena mas ainda deve um SUV, lançado por sua irmã Jeep (Renegade).
Em compensação, se a mania hoje é do utilitário esportivo, a perua (station-wagon) entrou em decadência e restam apenas dois modelos brasileiros: Fiat Weekend e VW Spacefox...