Discurso ensaiado

14/04/2016 às 21:21.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:57

A presidente Dilma e os ministros palacianos estão confiantes de que ela se salva no plenário da Câmara domingo. Os deputados convencidos pelo Planalto em votar contra o impeachment dirão que preferem novas eleições, mas que Dilma convoque o pleito – o que não vai fazer, óbvio. Os que se ausentarão, já afinaram o discurso: não aceitam um processo comandado pelo presidente Eduardo Cunha, investigado pelo STF. Balela.

A conta

Na conta do Palácio, Dilma pode não conseguir os 172 votos, mas a oposição também não alcança os 342 para o impedimento. E tudo continua como está.

#tobrabo

O ministro Celso Pansera (Ciência) é dos mais revoltados entre os colegas do PMDB. Cita de memória os que nunca votaram com o partido e agora desfilam como bastiões.

Meia volta, volver!

Aliás, Pansera e Marcelo Castro (Saúde), licenciados dos ministérios para votar em Dilma, decidiram não retomar os cargos se o impeachment passar na Câmara.

PMDB’s à mesa

Duas mesas de peemedebistas chamaram a atenção ontem no Restaurante Lakes, num almoço das 16h. Uma era pró-Dilma, capitaneada pelo líder Leonardo Picciani, ao lado do ministro da Saúde, Marcelo Castro, e outros deputados. Na outra, Pedro Paulo (RJ), Marum (MS) e outros parlamentares pró-impeachment. Não houve guerra de tomates.

Paizão do Ano

O ministro do STF Luiz Fux tem se mostrado um paizão generoso para os juízes do país. Passou a defender que o prazo de três anos de prática jurídica para ingresso na magistratura seja contado a partir da data da posse, não da inscrição para concurso. Os candidatos ganham mais tempo – meses, ou até mais de ano.

Meu papai

Há meses Fux também sentou em cima, na Corte, de uma ação que questiona a legalidade do pagamento de altos auxílios-moradias para juízes. Vale lembrar, foi ele quem, em campanha escancarada, conseguiu elevar a filha inexperiente ao TJ do Rio. <EM>

Apressadinhos

O deputado Osmar Terra (PMDB-RS) e o senador José Serra (PSDB-SP) disputam a preferência de Michel Temer para o Ministério da Saúde em eventual novo Governo.

Crise – Parte 2

A crise está para ladrão parcelar assalto, como citado aqui: Uma estudante em São Paulo, após assaltada duas vezes pelo mesmo bandido, ouviu dele um “até amanhã”.

Copa 2016

Há um clima de Copa do Mundo na Esplanada. Vendedores de bandeiras e camisas da seleção de futebol estão lucrando. E os sons das vuvuzelas predominam. Curioso é que é um mercado para os dois lados, contra e a favor do impeachment.

Alzira no PTB

Presidente do PTB, Roberto Jefferson perdeu para a tradicional FGV o direito de usar o nome Instituto Getúlio Vargas como órgão do partido. Vai rebatizá-lo de Instituto Alzira Vargas.

Escolta de Brizola

Em reunião política, Jefferson contou bastidor do saudoso Leonel Brizola. Quando ele assumiu o Governo do Rio, desceu a escadaria do Palácio Guanabara de braços dados com Alzira Vargas e uma amiga. Questionado por Jefferson por que fez aquilo, revelou que tinha medo de ser assassinado: “Pistoleiro não atira em mulher”.

Ponto Final

Somos todos brasileiros. Evitem brigas. Não deixemos a má política – dos dois lados – matar a nossa dignidade.

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