Indústria bélica emplaca Jungmann na Defesa

12/05/2016 às 21:36.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:24

O sindicato das indústrias bélicas do Brasil avalizou o deputado Raul Jungmann (PPS-PE) para o Ministério da Defesa, e os três comandantes das Forças Armadas endossaram para o presidente Michel Temer. Na carta, à qual a Coluna teve acesso, as empresas ligadas à Fiesp escancaram o interesse em vender para o Governo. Justificam a necessidade de uma pauta exportadora e a preocupação com a segurança dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. O ministro já agendou reunião para tratar dos Jogos. 

Agenda prévia

Jungmann diz que vai dar prioridade à indústria de defesa na pauta. E visitará a Argentina na primeira agenda internacional, que considera parceira estratégica.

Bancada bélica

Três ministros de Temer são egressos da Comissão de Relações Exteriores e Defesa da Câmara: Jungmann, Bruno Araújo (Cidades) e Maurício Quintela (Transportes).

Curiosidade

O Ministério da Defesa, órgão civil que comanda as três Forças junto ao Executivo, tem seu segundo comunista no cargo. Antes, Aldo (PCdoB), agora um egresso do PCB. 

Vodka no copo!

Sergei Akopov, o embaixador da Rússia, está animado com a posse de Temer. O país asiático tem ótima relação com o Brasil, canal aberto justamente pelo então vice-presidente. Temer coordenou a relação dos BRICs com o governo e destravou várias barreiras comerciais. Ficou amigo do primeiro-ministro Dmitri Medved. 

Que solidariedade!

Voz mais aguerrida contra Dilma e o PT na Câmara, um dos artífices do impeachment, o deputado Paulinho da Força (SP) dançou no primeiro escalão. Ontem visitou o presidente para tentar algo mais. Por ora, o Solidariedade fica com o Desenvolvimento Agrário, que será secretaria subordinada à pasta da Agricultura controlada pelo PP.

Rio x SP

Dois são cotados para a chefia da Receita Federal. O PMDB do Rio (em especial o prefeito Paes) indicou o secretário de Fazenda de Niterói, César Barbiere. De São Paulo, o preferido de Temer é o superintendente da Receita, José Guilherme Antunes.

On the road

O Partido dos Trabalhadores vai bancar e esboça um roteiro internacional de palestras para Dilma se defender com o famigerado discurso de que houve golpe. 

Na moita

O trapalhão presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), não compareceu à posse do presidente Temer. Mas visitou o ainda vice no Jaburu. 

No Front

Enquanto se esforçava em articulações por aqui, Michel Temer contou com tropa de elite junto a CEOs e políticos dos Estados Unidos e Europa fazendo a sua fita. Entre eles o cientista Marcos Troyjo (NY), e os empresários Mario Garneiro e Jorge Gerdau. 

Replay do replay

Os telespectadores da Telesur na Venezuela, a TV dos Chaviztas, devem ter decorado o discurso de Dilma. A emissora já reprisou uma entrevista da presidente, antes do afastamento, várias vezes em rede. Ela insiste na tese de ‘golpe’. 

Alerta 

O general Sérgio Etchegoyen, que assume o Gabinete de Segurança Institucional na reativação, como antecipou a Coluna, já tem missão. Por mais que o presidente garanta à Agência Brasileira de Inteligência a autonomia civil, os militares vão ciscar na Abin. 

PSB x PSB

Paulo Câmara, o governador de Pernambuco, não gostou de ver o jovem Fernando Bezerra filho à frente do Ministério de Minas e Energia. A Executiva do partido proibiu a entrada no Governo Temer (A bancada deu de ombros). E porque Câmara e Bezerra pai, o senador, são desafetos declarados na legenda. 

Ministro interruptor

No mais, a experiência de Bezerra filho com Energia resume-se a acender e apagar a luz na tomada. 

Verborragia

Pré-candidato para 2018, Ciro Gomes (PDT) repete que a “esquerda terá que voltar a ler” e usa dois adjetivos ao falar do presidente Temer: “Salafrário e conspirador.”

Ponto Final

“Lula já era. Agora é Lulia”.

De um aliado do presidente, lembrando um dos sobrenomes de Michel Temer. 

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