O equilíbrio na corda bamba

30/12/2016 às 20:26.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:16

O presidente reformista, segundo ele mesmo, terá dois grandes problemas em 2017. A primeira é o desafio de manter a agenda de reforma em curso no Congresso Nacional, e o segundo é o comportamento do eleitor nas ruas, porque a classe média, especialmente, está muito atenta. A manutenção de Michel Temer no cargo está relacionada a essas duas questões, que dependem essencialmente do Congresso Nacional, que teima em ter uma agenda de autoajuda. De acordo com os analistas ouvidos pela Coluna, Temer está preso ao seu próprio passado recente.

Dura realidade
O presidente foi eleito vice na chapa de Dilma em 2014, com o discurso de uma economia saudável. Agora enfrenta o dilema do ajuste, que ele mesmo dizia que não era necessário.

Trabalhar o ego
Esses mesmos analistas concordam que 2017 será marcado fortemente, ainda, pela Lava Jato. O problema é a briga entre as instituições que alimentam as investigações.

Mexendo nos fundos
Está no prelo o livro dos bastidores da CPI dos Fundos de Pensão. O deputado Efraim Filho (DEM-PB) promete abrir a caixa preta montada pelos petistas.

Força do campo
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, garante que o incentivo às exportações é uma das prioridades da pasta. O agronegócio representa 46,2% das exportações brasileiras e 21,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. A ausência do Brasil nos grandes acordos comerciais seria o motivo da sua participação de apenas 6,8% no comércio mundial agrícola.

Comparativo
Número de comissões especiais, externas e grupos de trabalho da Câmara entre 2011- 2015 foi bem superior ao período 2003-2007. Foram 137 contra 126.

Asfalto privado
Antes do ano terminar já tinha sido convocada para o dia 8 de fevereiro a comissão externa da Câmara para fiscalizar a Concessionária Eco, no trecho da BR-101 no Espírito Santo.

Soldado da base
O deputado Marco Tebaldi (PSDB-SC) tem avaliação positiva do governo Temer, que pagou as emendas atrasadas desde 2007. No caso de Tebaldi, foram R$ 16 milhões. 

Sabedoria do mestre
Em seu relatório de conclusão dos trabalhos da Comissão de Educação da Câmara, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), afirma que a aprendizagem dos alunos depende dos professores.

Política de treinamento
O presidente da Comissão garante que para se ter um professor engajado é preciso incentivar a sua formação para enfrentar os desafios da educação do século XXI. 

Inversão de pauta
Deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) diz que o Orçamento deve ser prioridade para atender as demandas do ensino médio, que ficou a reboque dos investimentos no ensino superior. Nos últimos anos, o ensino médio recebeu apenas R$ 10 bilhões, contra R$ 30 bilhões dados ao ensino superior. Outra prioridade seria o ensino básico, inclusive com mudanças no Fundeb.

Outra trincheira
A batalha em torno da reforma do ensino médio se transferiu para o Senado Federal, que recebeu o projeto votado na Câmara. Se aprovado logo no reinício da Legislatura, o Conselho Nacional de Educação poderá definir o novo rol de disciplinas obrigatórias. O texto da Câmara já indica que matemática, português e inglês terão que constar dos três anos de formação.

Resistência

A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) reclama que o Ministério Público não questiona o alto número de mortes de jovens no Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Espírito Santo.
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Ponto Final

Crime comum foi o principal motivo para que prefeitos eleitos não assumissem seus cargos no domingo, segundo o TSE.

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