Temer conta 63 votos contra Dilma

02/08/2016 às 12:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:06

O chefe da Casa Civil do Planalto, Eliseu Padilha, e o ministro de Governo, Geddel Lima – que cuida da articulação política – acabam de contabilizar e cravar para o presidente interino Michel Temer que ele terá 63 votos a favor de sua manutenção no Poder. No plenário do Senado, precisam de 55.



Senadores da tropa da presidente afastada Dilma fizeram um pit stop no Palácio da Alvorada antes de retornarem aos gabinetes ontem. Ela queria a conta de votos deles.



Apesar de tranquilizar o atual líder do Governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), de que fica no cargo, Temer articula um nome do PMDB ou DEM para o cargo.



O senador Requião chegou à convenção do PMDB domingo em Almirante Tamandaré (PR) a bordo de estiloso helicóptero. Quem conhece a maqui, diz que é de Blairo Maggi



Prestem atenção em Paulo Abrão, ex-chefe do Conselho Nacional de Refugiados do Ministério da Justiça, escolhido o novo secretário-executivo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA – Organização dos Estados Americanos, ligada à ONU. É petista e bolivarino de carteirinha.



Daí que Lula denunciou à ONU semana passada uma suposta perseguição política do juiz Sérgio Moro – embora não seja verdade. E o caso deve cair nas mãos da comissão da OEA, comandada agora pelo amigo do peito do ex-presidente da República.



Em tempo, os governos bolivarianos comemoraram a ascensão de Abrão na OEA. Eventuais casos de Maduro, da Venezuela, e Evo, da Bolívia, também passarão por ele.



Há gatilho malandro na nota e no vocabulário de Michel Temer sobre o desmentido de sua candidatura à reeleição em 2018. Ele cita que não ‘cogita’ isso. Ou seja, por ele, não será. Fica implícito que, se houver pressão do PMDB e aliados, ele se candidata.



O que o mercado mostra ao Governo e este tenta passar à população, com as reformas, é uma verdade inevitável em tempos modernos: não existe mais carteira de trabalho, e sim contrato de trabalho; e acabou a figura do trabalhador, agora é colaborador.



O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, deixou transparecer que não é habilidoso no trato com funcionários. Em público, chamou rispidamente a atenção de assessores e reclamou do planejamento dos roteiros durante passagens pelo Rio.



O Senado cedeu um batalhão de assessores para auxiliar o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) na análise de documentos, testemunhas e perícias do processo que deve selar o afastamento de Dilma da Presidência da República.



O tucano concentra o texto na acusação de que Dilma infringiu a lei ao editar créditos suplementares sem autorização do Congresso, já que a tese das “pedaladas” perdeu força após pareceres de peritos do Senado e do Ministério Público Federal.



A negação de Temer sobre a candidatura à reeleição em 2018 não convenceu o PSDB, e o clima ficou tenso entre gabinetes tucanos e peemedebistas. O presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, e o chanceler José Serra atuam para debelar a crise.



..o sonho de José Serra é se filiar ao PMDB e se lançar à sucessão de Michel Temer.



“O PCdoB em Curitiba se alia com PSC de Bolsonaro e PSD de Kassab. A presidenta do (diretório comunista) municipal renuncia e militantes se revoltam. Vergonha total!”
Do senador Roberto Requião, narrando a salada pré-eleitoral da capital.

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