Em Belo Horizonte, 2016 foi terrível para milhares de vítimas do mosquito Aedes aegypti. A capital enfrentou a pior epidemia de dengue nos últimos dez anos. O número de casos confirmados foi quase nove vezes maior do que o registrado em 2015. Pelo menos 61 pessoas morreram em decorrência da doença.
Mas 2017 trouxe uma sensação de alívio. Até agora, na comparação com 2016, o número de casos de dengue em BH caiu 99%. Cenário que proporciona à população sensação de segurança, mas que não é garantia alguma de que a guerra contra o Aedes está vencida.
Além da dengue, o Aedes aegypti é transmissor da febre chikungunya e do zika vírus. Para evitar que haja novas vítimas, já que a chegada das chuvas e do calor intenso favorece a proliferação do mosquito, os Agentes de Combate a Endemias começaram, ontem, o Levantamento do Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa). A pesquisa deve mapear a situação em cerca de 45 mil imóveis da capital.
Após a coleta, as larvas encontradas são encaminhadas a um laboratório para identificação.
A população também pode e deve ajudar. Para combater o mosquito e os males que ele é capaz de causar no humano, é preciso estar atento. Garrafas, latas, baldes, vasos de planta e quaisquer outros objetos que fiquem expostos ao ambiente e acumulam água devem ficar virados para baixo.
Com o surto de 2016, moradores da capital se transformaram em verdadeiros soldados no combate ao mosquito. Naquele ano, a prefeitura recebeu número recorde de solicitações de vistorias. Os belo-horizontinos revelaram-se fiscais rigorosos no combate aos criadouros do Aedes aegypti, o principal vetor das três doenças cuja reprodução se intensifica no verão.
Comportamento que a PBH e demais órgãos competentes esperam ver agora. Todos envolvidos na luta contra o Aedes.