Armadilhas para motoristas

20/03/2018 às 21:08.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:57

Apesar de a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura ter destinado, até a primeira semana de março deste ano, R$ 2,7 milhões para o reparo de vias de Belo Horizonte, os recursos não foram suficientes para deixar a cidade sem os indesejáveis buracos. 

A fúria das águas que caem neste final de verão na capital mineira deixa as ruas e avenidas repletas de crateras, que atrapalham o trânsito, provocam acidentes e colocam em risco a vida de motoristas, passageiros e pedestres. 

A previsão da secretaria é de que sejam empregados mais R$ 20 milhões até o fim de 2018 para recuperação de ruas e avenidas. Mas, tendo em vista a situação alarmante em que se encontram muitas vias, sobretudo após o temporal da última sexta-feira, é provável que a administração municipal tenha que ir em busca de verbas em outras esferas para dar conta de reparar tantos estragos. 

A demanda por serviços emergenciais é grande e constante nos últimos meses. Em média, são realizados 58 serviços tapa-buracos por dia na metrópole. Até a primeira semana de março, operários executaram 3.853 serviços para eliminar as crateras. 

A situação é mais gritante na regional Oeste, a mais atingida pelas tempestades –onde já foram feitos 852 atendimentos. Em Venda Nova, uma das regiões mais populosas da cidade, o asfalto também cedeu na pista do Move, na avenida Vilarinho. 

As reclamações são constantes tanto de motoristas quanto de passageiros que, diariamente, enfrentam o trânsito carregado na cidade. Os buracos são outro ingrediente para tornar as viagens ainda mais estressantes.

Diretor do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape-MG), Alexandre Deschamps diz que os buracos, em alguns locais, podem ter relação com a qualidade do material utilizado ou com a falta de manutenção, tempos atrás. O especialista faz referência a ruas antigas, antes restritas ao trânsito local, e que se transformaram em vias arteriais, de maior desgaste, atualmente intensificado com o grande volume de chuvas dos últimos dias. 

Os boletins meteorológicos mostram a grande probabilidade de novos temporais nos próximos dias, o que leva poder público e cidadãos a olharem por onde pisam e, ao mesmo tempo, não tirarem o olho do céu. 

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