Conta de luz ficará mais cara. De novo

24/10/2017 às 19:11.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:22

Mais uma notícia indigesta para o consumidor. Após aumentos consecutivos da gasolina, cujo litro já chega a custar  mais de R$ 4 nos postos de Belo Horizonte, e do gás de cozinha, com o botijão comercializado por até R$ 85 na capital e região metropolitana, o próximo item a pesar o bolso será a energia elétrica. Portanto, é recomendável apagar as luzes e ficar menos tempo debaixo do chuveiro, mesmo com as altas temperaturas, já que a conta de luz vai subir. 

Com os reservatórios à míngua, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu que o adicional cobrado nas tarifas de energia dos brasileiros quando for acionada a bandeira tarifária vermelha nível 2, como acontece neste mês, passará a ser de R$ 5 a cada 100 kilowatts-hora consumidos. Atualmente, o valor é de R$ 3,50. 

A alta de mais de 42% no adicional faz parte de um conjunto de alterações nas regras das bandeiras tarifárias proposto pela Aneel. A proposta entrará em vigor em novembro em regime excepcional. 

Segundo o órgão regulador, o objetivo é buscar adequar a bandeira tarifária às necessidades de poupar água dos reservatórios de hidrelétricas e garantir recursos para cobrir custos das termelétricas, acionadas em períodos de seca. Quando há queda no nível dos reservatórios devido à baixa incidência de chuvas, por exemplo, é necessário ligar as usinas térmicas, que são movidas a carvão, gás natural e óleo diesel, entre outras. O valor gasto com esses insumos é maior do que o destinado à água que move as hidrelétricas. Mais uma vez, é o consumidor que paga a conta.

No caso dos clientes da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), a conta de luz vai subir quase 3% no próximo mês. Vale lembrar que, desde junho, quando vigorava a bandeira verde, a conta de luz já aumentou 10% devido ao hasteamento das bandeiras. 

Além de desligar as lâmpadas e o ar condicionado, é bom também o consumidor poupar água. Conforme dados do Operador Nacional do Sistema (ONS), os reservatórios das regiões Centro-Oeste e Sudeste, que respondem por 70% da geração elétrica nacional, estão em menos de 19% do nível máximo. Ou seja, além de pagar mais caro, ainda podemos enfrentar um racionamento de energia. 

  

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