Eleitor, fique de olho!

29/05/2016 às 22:24.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:39

Em meio à tentativa do governo de Michel Temer de mudar a política econômica em direção à retomada do crescimento, tendo à frente o super ministro Henrique Meirelles, o PMDB tenta ser protagonista no país. As eleições de outubro serão um termômetro para as presidenciais de 2018, e por elas passam as avaliações dos homens no poder. O partido do presidente interino tem todas as chances de ampliar o número de prefeitos, mas também enfrenta o risco de, não mostrando resultados até outubro, perder supremacia em parte dos municípios. 

De outro lado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalha também para que o PT não sucumba ao desgaste resultante do afastamento da presidente Dilma Rousseff. Por isso, manda recado às principais lideranças do partido, para que se apresentem para as candidaturas. Quem tem chance não pode deixar escapar a oportunidade de conquistar votos e, consequentemente, prefeituras. O PT sabe que um encolhimento do partido agora pode assumir uma trajetória de queda irreversível. Sendo legenda importante no Congresso Nacional, como oposição enquanto permanece o afastamento de Dilma, trabalhará com todas as forças para não perder representatividade no cenário nacional. 

Ao eleitor caberá avaliar com inteligência as posições do PMDB, do PT e todos os demais partidos. Não se deixar levar por argumentos como o cumprimento de metas que não deixam de ser obrigação do governo federal, é uma das dicas importantes. Não se deixar enganar pela presença das lideranças cujo passado mostra inoperância ou mau-uso da coisa pública é outra a ser considerada na hora de escolher o voto.

A crise política por que passa o Brasil mostra a série de equívocos cometidos pelos eleitores no momento de usarem a urna. Parlamentares há muito praticantes de corrupção são reeleitos e permanecem, mandato após mandato, enganando o povo brasileiro. 

A “Lava Jato” veio para tentar mudar esse quadro de impunidade que durante anos reinou. Até poucos anos atrás era raro se ver políticos e donos de grandes empresas serem presos. Agora, os partidos políticos que vão disputar as eleições municipais precisarão convencer o eleitorado que não estarão envolvidos com tais esquemas criminosos. Tarefa que ficou mais difícil neste 2016.

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